O secretário da Saúde, Gilberto Martin, reuniu-se na quarta-feira (9) com o cônsul-geral do Brasil na Cidade Del Este, Antonio Fernando Cruz de Mello, e com uma comitiva formada por 14 representantes paraguaios e brasileiros que residem no Paraguai para discutir a saúde de ambos os países e trocar experiências.
“Estou aqui mais pela vertente paraguaia do que pela brasileira”, disse o cônsul, justificando em seguida, “por que se aqui no Brasil existem carências, eu não preciso dizer como é o outro lado”. “O câncer de colo uterino, por exemplo, está crescendo. Não temos material para coleta”, complementa Rosangela Winck Hiert, vereadora de Nueva Esperanza.
O grupo frisou as dificuldades e as necessidades locais. “Precisamos e queremos receber a colaboração de vocês”, disse Cláudio Schuh, integrante da comitiva. E também enalteceram o Sistema Único de Saúde (SUS). “O brasileiro aprendeu a reclamar e isso foi uma conquista. O SUS pode não ser perfeito, mas é, sem dúvida, um dos sistemas de saúde mais organizados. É universal. Os paraguaios ainda não sabem exigir o direito à saúde, que é um direito de cidadania”, destaca o cônsul Antonio Fernando Cruz de Mello.
Dentre as solicitações dos Paraguaios, estão auxilio na capacitação de profissionais e de equipes de saúde, além de um equipamento de tomografia para o Hospital de Clínicas, de Assunção.
O secretário Gilberto Martin comprometeu-se em auxiliar no que for possível. “De imediato, disponibilizamos a nossa Escola de Saúde Pública, para estudar a realização de capacitações aos paraguaios e de repasse de informações nos setores diversos, como a vigilância em saúde, nos setores de epidemiologia”, destaca.
Quanto à possível doação de equipamentos, o secretário deixou claro que é necessário consultar a possibilidade legal disso acontecer. Uma missão brasileira também poderá ser enviada ao País vizinho para visitar os principais focos problemáticos e na seqüência desenvolver um plano de ação visando a promoção a saúde.
PARANÁ E PARAGUAI – “Meu sonho era que o Paraguai tivesse um SUS” disse o secretário de Saúde, Gilberto Martin. Com condições precárias de assistência em saúde essa não é a primeira vez que os paraguaios procuram auxilio do Governo do Paraná. Em fevereiro, o país recebeu 35 mil doses de vacinas contra a febre amarela, destinadas a atender os municípios de Santa Rita e Naranjal, os quais comportam as duas maiores comunidades de brasileiros no Paraguai.
Em março, deste ano, outras 20 mil doses de vacina contra a febre amarela foram encaminhadas ao país. Dessa vez o objetivo era atender os habitantes de cerca de 15 municípios paraguaios, principalmente, os que fazem fronteira com o Brasil.
Paraguaios elogiam política de saúde do Paraná
Dentre as solicitações dos Paraguaios, estão auxilio na capacitação de profissionais e de equipes de saúde, além de um equipamento de tomografia para o Hospital de Clínicas, de Assunção
Publicação
10/07/2008 - 15:32
10/07/2008 - 15:32
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