Padaria comunitária gera renda na Vila Nossa Senhora da Luz do Pinhais


Comunidade da Cidade Industrial de Curitiba recebeu equipamentos de cozinha e panificação do programa estadual Produção Solidária de Alimentos e capacitação profissional
Publicação
15/03/2006 - 18:45
Editoria
Na Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, na Cidade Industrial de Curitiba, uma padaria comunitária inaugurada em novembro do ano passado já está colhendo frutos para a comunidade. Equipada com aparelhos de cozinha e panificação pelo programa Produção Solidária de Alimentos (Produsa), da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, a padaria começou a gerar renda já nos primeiros meses de funcionamento. O investimento de R$ 8,5 mil do Governo Estadual atendeu a uma proposta encaminhada pelo Centro Social Nossa Senhora da Luz. “A padaria está cumprindo com o seu papel, ou seja, está gerando uma renda complementar para as famílias participantes e proporcionando qualificação profissional de boa qualidade, decisiva para conseguir um emprego na área da culinária”, salienta o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Padre Roque Zimmermann. Segundo a assistente social da entidade, Tatiani Macarini, entre as pessoas que trabalharam já na primeira equipe da padaria, uma ganhou R$ 160,00 em um mês de atividade e o restante recebeu cerca R$ 86,00 em menos tempo de trabalho. “A gente iniciou o projeto com aproximadamente cinco famílias, destas a grande maioria delas conseguiu emprego”, disse ela. Tatiani Macarini explicou que atualmente há duas pessoas na padaria Nossa Senhora da Luz e quatro na padaria Nossa Senhora Aparecida, também assessorada programa. De acordo com Tatiani, ainda há vagas para quatro pessoas. Qualificação - Na terça-feira (14), um grupo de 20 pessoas terminou o curso de culinária ministrado pela professora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Sueli Dozaneti. “Poucas pessoas aqui tinham um conhecimento mais aprofundado da culinária. Foi ótimo ver o resultado de tudo o que foi passado, do simples modo correto de se cozinhar o feijão a como fazer economia no seu preparo. A satisfação está na cara dos alunos que demonstraram muito interesse desde o início das 108 horas de curso”, relata a professora. O curso, que tem custo de R$ 483,20 por aluno, foi pago com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Dos 24 alunos com idade de 18 a 58 anos que começaram no curso, vinte completaram a carga horária. Dos que saíram, alguns desistiram logo no começo e outros arranjaram colocação fora da padaria comunitária, também na área de panificação. Foi o que aconteceu com Maria Aparecida Bisonho, 37 anos. “Estava desempregada a três meses, mas consegui um emprego ontem (segunda-feira, 13), numa padaria, graças ao curso”, revela ela. Dos vinte formandos, um apenas é do sexo masculino. Elton Damasio, repórter fotográfico, entrou no projeto por outros motivos. “Estava desempregado e tinha vontade de me dedicar à fotografia culinária. Entrei no curso porque acho necessário conhecer o processo para poder fazer um bom trabalho. Também há outro benefício, quem cozinha em casa agora sou eu”, conta Elton.

GALERIA DE IMAGENS