A Companhia de Polícia de Choque da Polícia Militar prendeu, nesta sexta-feira (8), seis integrantes de uma das maiores quadrilhas especializadas em assaltos a carro-forte no Sul do Brasil. Eles foram presos no momento em que se preparavam para assaltar uma empresa, no bairro Boqueirão, em Curitiba. Três integrantes da quadrilha foram flagrados dentro de um carro, armados, enquanto rondavam a empresa. Depois de detidos, eles entregaram os outros três parceiros que foram presos em suas casas. Com o grupo, a PM apreendeu três pistolas calibre 380, dois revólveres calibre 38 e uma carabina, também calibre 38. Eles ainda estavam com 12 telefones celulares. Três carros foram apreendidos, um deles teria a placa clonada. No porta-malas de um dos carros, havia dois trajes completos (terno e gravata) que, segundo o depoimento dos presos, era a roupa usada para não levantar suspeitas na hora da prática do crime. “Só nesta última semana o grupo praticou quatro roubos a empresas de Curitiba. Todas as vítimas reconheceram os assaltantes”, disse o comandante da Companhia de Polícia de Choque, major Milton Isack Fadel Júnior. Os paranaenses Valdinei Warmelim de Souza, 27 anos, Gilvimar dos Santos Aleixo, 39, e Lucimar Soares da Silva, 26, além dos catarinenses Jéferson Guse, 18, Sérgio do Carmo, 23, e José Carlos dos Santos, 26 também são suspeitos de outros roubos, que serão investigados. No assalto a um carro-forte que fazia o transporte de valores de uma empresa de material de construção em Curitiba, na noite de quarta-feira (06), o grupo fez 12 reféns, agiu com extrema violência e levou coletes dos seguranças da empresa de transporte de valores, armas e munição, além de dinheiro e telefones celulares. Todos os objetos foram encontrados com o grupo e apreendidos pela polícia. Santos Aleixo foi apontado como líder da quadrilha e como o “comandante” do assalto de quarta-feira. Um dos seguranças da empresa de transporte de valores, reconheceu o assaltante assim que o viu. “Ele é extremamente frio e calculista. Deu ordens ao restante do grupo até para matar se fosse preciso. Ele chegou a usar a gerente da loja como escudo humano”, disse o segurança. Também com a quadrilha, a PM recuperou os coletes balísticos dos seguranças da empresa de valores, a arma e parte do dinheiro. De acordo com o comandante da Companhia de Polícia de Choque da PM, de posse de detalhes repassados pelo bando, e, ainda, com os relatos das vítimas, o serviço de inteligência seguirá no levantamento de informações. “De momento é possível dizer que há mais gente envolvida nesse esquema”, afirmou.