Ouvidoria-Geral do Estado aplica pesquisa de satisfação

Duas pessoas que foram atendidas pela Ouvidoria contam como resolveram seus problemas
Publicação
08/02/2005 - 00:00
Editoria
Diariamente dezenas de pessoas entram em contato com a Ouvidoria-Geral do Estado para pedir informações, fazer reclamações, denúncias, reclamações, sugestões ou elogios sobre a administração do Paraná. Visando o aprimoramento do atendimento à população – independentemente do meio que o cidadão use para entra em contato –, a Secretaria Especial de Corregedoria e Ouvidoria Geral está se preparando para lançar uma pesquisa de satisfação entre aqueles que procuram a instituição. Um questionário com 10 perguntas será enviado por e-mail para o grupo de pessoas que deixarem os seus endereços eletrônicos disponíveis no momento do atendimento. São perguntas sobre como a pessoa ficou sabendo da existência da Ouvidoria, se gostou do atendimento prestado, se procuraria o órgão novamente, além de um perfil sócio-econômico da pessoa, entre outras informações. A previsão é de que os questionários comecem a ser enviados em março. O secretário Luiz Carlos Delazari conta que a idéia da pesquisa de satisfação foi baseada no trabalho de conclusão de curso de uma das estagiárias da secretaria. Durante o período de levantamento de dados, Grazhylea Macedo Fae, estudante de Comunicação Social da UFPR, teve a idéia de aplicar questionários para verificar a opinião das pessoas sobre os trabalhos da Ouvidoria. O gerente de atendimento Walter Gonçalves explica que a pesquisa tem como objetivo verificar se o cidadão está sendo bem atendido quando liga para a Ouvidoria ou procura o órgão pessoalmente. E mais: “Queremos acompanhar o resultado do encaminhamento da solicitação da pessoa; comparar o resultado em relação ao que ela pediu”, acrescenta. Casos – A pesquisa de satisfação ajudará a identificar que procedimentos precisam ser alterados para melhorar a qualidade dos serviços prestados pela Ouvidoria e, também, histórias que tiveram um desfecho satisfatório, como as de Daniela e José. A tradutora Daniela Merheb reside em Curitiba e, até enfrentar um problema com a escola onde os filhos estudaram, ainda não conhecia a Ouvidoria do Estado. Daniela precisava do histórico escolar das crianças, para regularizar a situação no novo local onde passaram a estudar. A antiga escola fechou e Daniela procurou ajuda em vários lugares, mas sem sucesso. “Um dia, navegando na internet, encontrei o link Fale com o Governo e cliquei em Ouvidor. Encontrei a Ouvidoria por acaso, mas pensei ‘vou tentar, pode dar certo’”, conta. Apesar de não conhecer o órgão, Daniela decidiu entrar em contato com a instituição. “Recebi resposta da Ouvidoria e, em dois dias, recebi uma ligação da Secretaria de Educação, quando pediram um tempo para organizar os históricos. Em dez dias, estava com os documentos em mãos”, afirma. Satisfeita, ela diz que já indicou o órgão para outras pessoas. Já o aposentado José Taddei de Campos Melo mora em Caucaia do Alto, distrito de Cotia, em São Paulo, e viaja mensalmente para Jundiaí do Sul, no Paraná. Ao consultar um site de um jornal paranaense, ele viu o link da página da Ouvidoria. Sabendo das condições não muito boas da estrada em que trafega para chegar até a cidade paranaense, resolveu registrar um pedido para que o Governo do Estado verificasse as condições da rodovia. “Recebi um retorno da Ouvidoria, a cópia do encaminhamento e, depois, uma resposta final. Em 30, 35 dias, no máximo, já percebi a diferença das condições da estrada”, relata. Taddei conta que pretende se mudar para Jundiaí do Sul e que se precisar, voltará a entrar em contato com a Ouvidoria. “Eu fui atendido e vou continuar utilizando esse serviço”, garante.