Nunca é demais repetir: estamos colhendo no Paraná os frutos de uma política séria, voltada para o desenvolvimento econômico e social, distribuição de renda e consolidação da cidadania. Estamos aos poucos fazendo com que a população esqueça os anos de penumbra, de flagelo neoliberal, que deu as cartas em nosso Estado (e em todo o Brasil e na maior parte do mundo) até muito recentemente. As notícias são abundantes e não admitem dúvidas sinceras. No último dia 4, o IBGE divulgou pesquisa segundo a qual a produção industrial paranaense teve em julho a segunda maior alta do país- 15,1%, só perdendo para Goiás (17,6%). Para efeito de comparação, a alta nacional, por si só significativa, foi de 8,5%. Para que não se diga que este é um resultado não representativo, ou sazonal, ou simplesmente casual, nos últimos 12 meses, de acordo com a mesma pesquisa, alta da produção industrial paranaense foi de 9,3%, só superada pela do Espírito Santo (13,9%) e empatando com São Paulo. Não é necessário ser gênio para se enxergar as causas deste crescimento acelerado da indústria. Uma delas é a política tributária adotada pelo governo Requião desde seu início, em 2003. A isenção ou redução de impostos para as micro e pequenas empresas beneficia 172 mil estabelecimentos, num total de 217 mil registrados, ou seja, praticamente 80% deles. A diminuição da carga tributária permite ao empreendedor maior capital de giro para investir, gerar novos empregos e adquirir competitividade no mercado, inclusive o internacional. Hoje o Paraná é destaque no cenário nacional pela indústria automobilística (automóveis, caminhões e autopeças), máquinas e equipamentos e setores ligados às commodities exportadas. Esse crescimento industrial tem tido como conseqüência um aumento impressionante do comércio com outros estados e com o exterior. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior aponta que nos primeiros sete meses deste ano as exportações atingiram U$ 9,451 bilhões, uma evolução de 38,96% sobre o mesmo período do ano passado. É interessante constatar que as vendas para os países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai, além do Brasil) tiveram uma alta ainda maior (59,65%), representando hoje cerca de 15% do total das exportações paranaenses. Outra notícia expressiva é a avaliação feita pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), cujo Índice de Desenvolvimento Municipal deu ao Paraná a vice-liderança nacional, com nota 0,8035, numa escala que vai de zero a um. Esse índice leva em conta a geração de emprego e renda, a saúde e a educação. O Paraná ocupava o quarto lugar nacional em 2000, e hoje só é superado por São Paulo. O mais significativo é que o principal fator desse resultado paranaense foi a geração de emprego e renda. Ora, nós sabemos que a criação de novos empregos é uma marca do atual governo. De janeiro de 2003 a junho de 2008 o saldo no número de empregos no Paraná (diferença entre os empregos criados e os perdidos) é de 658.113, contra meros 37.882 em todos os oito anos do governo anterior. Aqui, deve-se fazer um parêntese: a política tributária do atual governo tem um forte componente social, ao decidir pela priorização às micro e pequenas empresas. Está provado que o pequeno empreendedor, quando pode, cria empregos. Não vou voltar a falar da educação, a que me referi em diversas oportunidades, mas é bom registrar o peso que os indicadores de saúde tiveram na avaliação da Firjan. O Paraná está em primeiro lugar no Brasil, com nota 0,8557, tendo superado São Paulo. Mais uma vez, é evidente a relação desses resultados com as políticas adotadas pelo governo do Estado: quantidade de consultas pré-natal, 34 hospitais em construção, reformados ou ampliados em todo o Paraná, 300 Centros da Saúde da Mulher e da Criança, expansão do Programa Saúde da Família etc. É óbvio que as boas notícias são resultado de boas políticas. Mas, como já dizia Nelson Rodrigues, o óbvio também é filho de Deus. *Luiz Cláudio Romanelli é deputado estadual (PMDB) e líder do governo na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná.