Orquestra Sinfônica do Paraná repete concerto de aniversário neste domingo com entrada franca

A regência é do maestro Alessandro Sangiorgi, como solo da pianista polonesa Anna Kijanowska, e tem como repertório o “Concerto para piano e orquestra n° 1 em mi menor, op. 11”, de Frederic Chopin, e a “Sinfonia n° 1 em ré maior - “Titã”, de Gustav Mahler.
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29/05/2010 - 20:40
Editoria
Depois do sucesso no concerto de aniversário dos seus 25 anos, que aconteceu na sexta-feira, a Orquestra Sinfônica do Paraná retorna ao palco do Guairão neste domingo, dia 30, para tocar no Projeto Teatro para o Povo às 10h30, com entrada franca.
Para quem não viu a apresentação, esta é mais uma chance de saborear a boa música sob a batuta do maestro Alessandro Sangiorgi, com o solo da pianista polonesa, Anna Kijanowska, no “Concerto para piano e orquestra n° 1 em mi menor, op. 11”, de Frederic Chopin.
O compositor nasceu em primeiro de março de 1810, na Polônia, e a maioria de suas composições foram dedicadas ao piano, com exceção de algumas peças para violoncelo. Sua obra é parte fundamental do repertório pianístico, e é um dos maiores desafios, tanto para jovens pianistas como para virtuoses, inclusive dá nome a alguns dos mais importantes concursos de piano do mundo, como o concurso “Frédéric Chopin” de Varsóvia (Polônia), que é o mais antigo, organizado desde 1927.
Anna Kijanowska é uma jovem pianista que viaja pelo mundo divulgando a música polonesa. Esta é a primeira vez que se apresenta no Brasil e foi muito bem recebida pelo público curitibano, que lotou o Guairão na festa de aniversário da Orquestra Sinfônica do Paraná.
A segunda obra do concerto é a “Sinfonia n° 1 em ré maior - “Titã ” , de Gustav Mahler, uma obra de grande beleza com um universo de complexas significações metafóricas. O compositor austríaco escreveu esta sinfonia entre 1884 e 1888 e estreou um ano depois em Budapeste, sob a regência do próprio Mahler.
A música é dividida em quatro movimentos e o primeiro inicia de forma misteriosa. Sons do cuco e de outros pássaros, representados musicalmente pelos instrumentos, anunciam o despertar da natureza.
Já no segundo movimento, a melodia vai mudando. O terceiro é suave e foi adaptado como marcha fúnebre. É também usada de forma paródica em uma melodia infantil bastante conhecida, chamada em alguns países de Frère Jacques (irmão Jacques), que faz referência a uma cantiga de ninar tradicional francesa.
O silencioso terceiro movimento é repentinamente interrompido, de forma dramática, pela orquestra no quarto movimento. Após alguns minutos, a fúria inicial é contida e cede lugar a uma melodia lírica. Os temas dos movimentos anteriores são lembrados. Perto do final, ocorre uma nova tempestade sonora, porém, ao contrário do início, que lembrava uma luta, agora o sentimento é de triunfo. Nesta parte, os trompetistas da orquestra tocam em pé.
A obra inclui vários temas de um ciclo de canções composto por Mahler entre 1883 e final de 1884 chamado: Lieder Eines Fahrenden Gesellen (Canções de um Viajante). Existem influências também de Das Klagend Lied (A Canção da Lamentação), completada por Mahler em 1 de Novembro de 1880, para participar de um concurso de 1881 conhecido como Prêmio Beethoven.