Organizações do Paraná discutem o alcoolismo em comunidades indígenas

Durante o debate, o secretário especial de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, disse que - utilizando métodos científicos, ouvindo e preservando a cultura indígena local e regional – será possível resolver o problema
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21/10/2008 - 18:46
Líderes e organizações indígenas do Paraná se reuniram nesta terça-feira (21) no Ministério Público, em Curitiba, para discutir a questão do alcoolismo dentro de suas comunidades. Durante o debate, o secretário especial de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, lembrou que o problema é histórico e pode destruir a cultura indígena. “O alcoolismo traz consigo a violência entre homens, mulheres e crianças. É um fator de degeneração cultural. Nós temos certeza de que utilizando métodos científicos, ouvindo e preservando a cultura indígena local e regional, iremos resolver esta questão. Nunca antes se olhou de frente esta chaga”, destacou o secretário. O Paraná possui 13 mil índios distribuídos em 51 aldeias. As principais tribos afetadas pelo alcoolismo são os Guaranis, os Kainkangs, os Xoklengs, e os Xetás. “570 indígenas precisam de tratamento para o alcoolismo. É necessário que haja um internamento e um acompanhamento, pois o número de recaídas é grande”, explicou o coordenador regional da Funasa no Paraná, Vinícios Reali Paraná. O coordenador do Centro de Apoio e Proteção das Comunidades Indígenas, Luiz Bueno, ressaltou que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e Assessoria Especial para Assuntos Indígenas do governo do Paraná irão unir esforços para combater a situação. “Teremos mais reuniões para decidir as ações para solucionar este problema. Uma das frentes de trabalho será a criação de dois Centros de Integração e Referência”. O guarani Marciano Rodriguez afirmou que muitos jovens estão se envolvendo com outros tipos de drogas. “Um dos maiores problemas que enfrentamos hoje na área da saúde é a dependência do álcool. O Paraná é sempre referência em políticas públicas que inovam. É por isso que estamos aqui hoje. Para encontrar soluções”, ressaltou Rodriguez.

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