Os deputados de oposição ao Governo do Paraná, incluindo Valdir Rossoni (PSDB) (que aprovaram no final do governo Jaime Lerner aumentos no ICMS), não querem reduzir impostos no Estado. Eles tiraram de 145 mil motos o direito de ter o IPVA zerado. Hoje só há isenção para motos com mais de dez anos. Quem perde também com a ação da oposição em impedir um aumento na alíquota do IPVA de 2,5 para 3% ( a segunda menor alíquota do imposto no Brasil) são as prefeituras. Curitiba perderá R$ 36 milhões a mais e as demais prefeituras R$ 49 milhões.
O Paraná tem o segundo menor IPVA do Brasil, mesmo com aumento da alíquota de 2,5 a 3%. Perde apenas para Santa Catarina que, porém, não tem desconto para o pagamento à vista do imposto. Este fato traz, pelo menos, 130 mil veículos (só de locadoras) de outros Estados a se registrar no Detran no Paraná para pagar um imposto menor. Em São Paulo, o imposto para carros a passeio chega a 4%.
Se o reajuste fosse aprovado, ainda assim o IPVA do Paraná seria um dos mais baixos no País. Enquanto o Paraná cobra 1% de IPVA de ônibus, de caminhões e veículos a gás, São Paulo cobra 2%, 1,5% e 3%. O imposto sobre os veículos de locadoras, no Paraná seria de 1,5%, São Paulo cobra 4%. E o dos de veículos de passeio, no Paraná seria de 3%, enquanto que em São Paulo é 4%. O Paraná tem ainda os maiores descontos: 10% em fevereiro e 5% em março. São Paulo e Minas Gerais descontam 3% em janeiro, apenas.
As isenções, segundo a proposta do Governo vetada pela oposição, atenderia aos veículos que trafegam fora de estrada, os veículos de missões diplomáticas, táxis, ônibus escolares, veículos de portadores de necessidades especiais, veículos com mais de 20 anos de fabricação e motos 125 cilindradas com mais de 10 de fabricação.