Passados 12 meses da eleição que reconduziu o governador Roberto Requião ao terceiro mandato no comando do Estado do Paraná, setores de oposição e grupos econômicos derrotados nas urnas e que tiveram seus interesses contrariados nesse processo insistem em manipular a opinião pública e nas tentativas de desgastar o governo reeleito no dia 29 de outubro de 2006. Para eles, a eleição não acabou no segundo turno e, portanto, prosseguem numa campanha, sem trégua, de oposição sistemática ao projeto político aprovado pelo povo do Paraná.
Na verdade, querem prolongar suas investidas num terceiro turno escuso, que dure quatro anos, que atropele as eleições de 2010 e que macule virtudes do Governo Requião, notadamente, a austeridade, o rigor e a transparência no trato do dinheiro público e a intransigência com qualquer desvio de conduta de agentes públicos, principalmente, quando ocupam funções de servidores do Governo do Paraná.
Essa desconstrução da imagem do governador Requião tentou pautar as eleições em 2006. E perdeu. Então, não é a toa que se reúnem, que se exasperam, que buscam fórmulas eleitorais para abrigar à todos, que conchavam, que urdem e que conspiram frenética e cotidianamente.
É o desespero dos neoliberais contra o avanço de governos populares e de esquerda na América Latina e, em especial, no Brasil e no Paraná. E na atual conjuntura, como muito bem lembrou o Frei Leonardo Boff, jogar as instituições políticas, os parlamentos, os executivos, a classe política contra a opinião pública faz parte de uma campanha neoliberal no mundo.
É a sanha do estado mínimo, do mercado ditando todas as regras da vida onde o lucro e o consumo são os dois principais objetos de valor de uma sociedade. E as pessoas, quando não consomem, seus valores, suas histórias, suas vidas são meros dados de estatísticas que atrapalham o progresso da humanidade.
Foram esses dois projetos colocados na disputa eleitoral desde 2002 e o projeto que foi eleito por duas vezes nas urnas primou por um governo que defende o patrimônio público, que sustou a venda da Copel e da Sanepar, que resgatou a Ferroeste e o Porto de Paranaguá das mãos privatistas e que demonstrou em quatro anos, quando recuperou cinco mil quilômetros de rodovias, que o Estado não precisa de tamanha sangria na sua economia que é esse assalto do pedágio.
Aonde estavam esses mesmos senhores, esses mesmos grupos entre 1995-2002? Quais foram as suas posições? Em quais projetos votaram na Assembléia Legislativa, nas câmaras de vereadores, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal? Que bandeiras paranaenses defenderam?
Todo paranaense bem informado sabe onde estavam. A maioria dos paranaenses sabe quais são os seus interesses e porque somente agora se arvoram em defensores da ética e do controle do processo político-administrativo de um governo. Somente agora, felizmente, se colocam como arautos da democracia.
Felizmente, diga-se de passagem, porque esses mesmos grupos e senhores eram defensores do indefensável, defensores de governos e agentes públicos corruptos, defensores da exclusão social, defensores de um modelo econômico concentrador de renda e de riqueza, gerador de miséria e de desemprego.
Esses senhores, esses grupos foram derrotados nas urnas e não se conformam com a vitória do projeto paranaense. Até dezembro, o Paraná deve bater o recorde de um saldo 500 mil empregos gerados nos últimos cinco anos enquanto o saldo do período de oito anos, comandado por esse grupo de senhores, foi de 37 mil empregos.
A luta pela redução do pedágio também é emblemática e exemplifica a postura paranaense. Graças ao Paraná, à firme posição do governador Requião, as concessionárias vão praticar preços reduzidos, condizentes com a economia paranaense.
São dois exemplos que mostram a força política e econômica do Paraná e que não tem mesura em uma oposição e em grupos ensandecidos que ainda não aceitam e não respeitam a decisão do povo paranaense.
*Luiz Claudio Romanelli, deputado estadual pelo PMDB, é líder do Governo na Assembléia Legislativa do Paraná