O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR), a Defesa Civil, a Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros e outros órgãos realizaram operação especial para a fiscalização do transporte de cargas perigosas, nesta quinta-feira (09), no final da Avenida Comendador Franco, divisa entre Curitiba e São José dos Pinhais. Blitze semelhantes serão realizadas toda semana nas vias de acesso à capital, para prevenir acidentes com produtos perigosos dentro do perímetro urbano.
Dos 30 caminhões parados pela blitz, oito foram notificados e um apreendido e removido ao pátio de veículos do Detran, por estar com as placas de identificação ilegíveis (artigo 230, VI). “É uma ação inovadora, porque a fiscalização desse tipo de transporte costuma ser feita apenas em rodovias e nunca dentro das cidades, apesar dos riscos que um acidente com produtos perigosos no perímetro urbano pode representar para os habitantes e o meio ambiente”, explica o diretor-geral do Detran, Marcelo Almeida. Curitiba, segundo ele, merece atenção ainda maior, pois recebe tráfego intenso de caminhões que abastecem os estados da região Sul.
O comandante do Batalhão da Polícia de Trânsito (BPTran), coronel Altair Mariot, diz que a blitz fiscaliza toda a documentação do motorista e da carga transportada, assim como os equipamentos de segurança necessários para o transporte de produtos perigosos. Segundo ele, é freqüente o transporte de cargas perigosas em caminhões comuns, sem o rótulo de risco e o painel de segurança. “Esses motoristas mal-intencionados pretendem fugir da fiscalização e acabam colocando em risco o meio ambiente e a população”, declara.
O chefe do setor operacional da Defesa Civil, Gilson de Matos, explicou que o local onde foi realizada a primeira blitz, em frente ao Parque Metropolitano do Iguaçu, é área de preservação ambiental e o Rio Iguaçu é responsável por boa parte do abastecimento de água da capital. “Um acidente nesta região pode trazer conseqüências graves para a população de Curitiba, sem falar nos danos ao meio ambiente”.
Também participaram da operação a Secretaria de Estado da Saúde e Vigilância Sanitária, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) e a Polícia Florestal.