Ópera Carmen leva mais de seis mil pessoas ao Teatro Guaíra

Foram quatro récitas que encantaram o público, que pode assistir um espetáculo de alto nível neste fim de semana
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18/08/2009 - 11:12
Editoria
As quatro récitas da ópera Carmen, apresentadas no fim de semana no palco do Guairão, receberam um público de aproximadamente seis mil pessoas. Os ingressos se esgotaram rapidamente para as quatro apresentações, mesmo nesse período em que as pessoas estão temerosas devido à epidemia da gripe A. Mesmo com poucos recursos, a produção da ópera, que envolveu diretamente 350 pessoas, atingiu alto índice de beleza e correção técnica. O público foi brindado com um espetáculo bem acabado e que agradou, sobretudo, pela performance do elenco de cantores e bailarinos. Ao longo das quase três horas de duração, o espetáculo proporcionou, além da beleza dos cenários, figurinos e iluminação, uma sequência de belas interpretações das árias da ópera de Georges Bizet, pelo elenco de solistas. Várias árias foram aplaudidas em cena aberta. A paranaense Luciana Bueno e a italiana Alessia Sparacio, que fizeram o papel-título, e o tenor argentino Marcelo Puente, que interpretou Dom José, estiveram à frente da apresentação.. O Guaíra 2 Cia. de Dança, que interpretou as diversas danças incluídas na obra , destacou-se na dança flamenca, com coreografia da bailarina Inês Drummond, integrante da companhia. O Coral Curumin, com 21 anos de existência e bastante conhecido do público curitibano, emprestou à cena o frescor e a alegria das crianças, além de executar com precisão a parte vocal que lhe é reservada. A Orquestra Sinfônica do Paraná, sob a regência do maestro titular Alessandro Sangiorgi, conduziu o espetáculo de forma precisa, constituindo-se em atração à parte na execução da música de Bizet. O paulista Walter Neiva, que iniciou sua carreira em Curitiba, com a ópera Cosi Fan Tutte, de Mozart, em 1989, foi o responsável pela Direção Geral do espetáculo. Surpresa - No ato final, durante o desfile dos toureiros, entraram em cena cavalos, presenças tradicionais nas touradas. Os animais foram treinados e cedidos à produção do Teatro Guaíra pelo Regimento Coronel Dulcídio, unidade integrante da Polícia Militar do Paraná. A diretora-presidente do Teatro Guaíra, Marisa Villela, falou de sua satisfação e orgulho em poder realizar o espetáculo, diante de todas as dificuldades, vencidas a cada dia. Em vez da aquisição de materiais, praxe nas produções, as colunas, praticáveis, objetos de contra-regra, e peças de figurinos de outras produções foram reutilizados, sem que isso interferisse na qualidade. A experiência e o empenho da equipe do CCTG fez com que a produção tivesse o acabamento adequado, que acabou por encantar o público. A realização da produção só foi possível com a participação de empresas, através dos incentivos da Lei Rouanet. A Copel patrocinou parte considerável da produção, que contou ainda com o patrocínio das empresas Gemaldo do Brasil Cartões e Serviços Ltda., Romani S. A. Indústria e Comércio de Sal e da Munters Brasil Indústria e Comércio.