Oficina do Tecpar capacita artesãos e agricultores de Morretes

Durante um ano e três meses os técnicos do Tecpar transmitiram aos profissionais as informações necessárias para a melhoria das linhas de produção
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23/02/2010 - 16:10
Artesãos e agricultores paranaenses participaram nesta terça-feira (23) de mais uma Oficina da Agricultura Familiar, promovida e realizada pela Divisão de Tecnologias Sociais do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).
O evento marcou o encerramento das ações do Projeto de Adequação de Produtos e Processos da Agricultura Familiar do Município de Morretes, aprovado e financiado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) por meio do edital da Universidade sem Fronteiras.
De acordo com o diretor-presidente do Tecpar, Aldair Rizzi, os trabalhos sociais desenvolvidos pelo instituto fazem parte de uma política do governo do Estado que incentiva o desenvolvimento social no Estado e, principalmente, a difusão dos avanços tecnológicos nas comunidades mais carentes.
“Com o Projeto de Adequação de Produtos e Processos da Agricultura Familiar, estamos estimulando o associativismo e cooperativismo e incentivando os artesãos e agricultores a participar mais ativamente das atividades artesanais de seu município”, ressaltou Rizzi.
Com o objetivo de levar capacitação aos profissionais do litoral paranaense, estimular a criatividade e promover o fortalecimento do associativismo e de trabalhos participativos entre os artesãos e agricultores, durante um ano e três meses os técnicos do Tecpar transmitiram aos profissionais as informações necessárias para a melhoria das linhas de produção, que englobam a criação de acessórios e objetos de decoração feitos com a fibra da bananeira, além da fabricação artesanal de alimentos.
“O Tecpar tem um grande portfólio de tecnologias voltadas ao desenvolvimento social e é com esses projetos que estamos conseguindo aproximar a população dos grandes feitos tecnológicos, que a cada dia se voltam mais para as necessidades das pessoas”, destacou Bill Jorge Costa, diretor-técnico do Tecpar.
Segundo a artesã de Morretes Dirce Pinheiro, as técnicas aprendidas ajudaram a melhorar a matéria-prima e, com isso, reduziu-se significativamente a perda de material, o que garantiu a venda de mais peças. “Aprendi muitas coisas que me ajudaram a conservar e até aproveitar mais o material e isso foi muito importante, pois a venda dos produtos garante um aumento na minha renda.”
Visitas a fábricas de alimentos e aos laboratórios de análises de alimentos do Tecpar também fizeram parte das atividades da Oficina da Agricultura Familiar, que incluiu palestras sobre princípios da produção integrada, certificação de produtos orgânicos e segurança do trabalho, além de duas oficinas: uma de produção de fios de fibra de bananeira e outra sobre dinâmicas referentes às boas práticas de fabricação.
“Esse trabalho foi fundamental para o aprimoramento de nossas atividades, pois, com os equipamentos desenvolvidos pelo Tecpar, como a roca e o secador solar, conseguimos melhorar a qualidade dos produtos e com isso agregar valor à nossa produção”, destacou a artesã Maria Elza de Lima.

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