Oficina define prioridades de pesquisa em saúde

Foram debatidos quatro eixos temáticos definidos pela Secretaria da Saúde com base no Plano Estadual de Saúde
Publicação
13/11/2008 - 18:25
A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, por meio de sua vinculada, Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, realizou nos dias 12 e 13, a Oficina para Eleição de Prioridades de Pesquisa em Saúde do Programa de Pesquisa para o SUS. Após os dois dias de debate, foram definidas 24 linhas de pesquisa que deverão ser contempladas no edital do Programa PPSUS a ser lançado pela Fundação Araucária. O programa é desenvolvido em parceria entre o Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Secretaria de Estado da Saúde. A oficina discutiu quatro eixos temáticos definidos pela Secretaria da Saúde com base no Plano Estadual de Saúde: “Gestão do Trabalho e Educação em Saúde”, “Gestão em Saúde”, “Rede de Atenção à Saúde” e “Saúde e Meio Ambiente”. Os temas discutidos e as linhas de pesquisa escolhidas foram definidos de acordo com os problemas prioritários evidenciados pelo SUS. Segundo Vaneide Marcon Cachoeira, representante do Decit/ Ministério da Saúde, o Programa PPSUS é direcionado a atender as carências do SUS. “Esse diálogo é imprescindível, porque consegue identificar as necessidades de pesquisa no estado”, afirmou. De acordo com Vaneide, um dos objetivos do PPSUS é a descentralização das pesquisas em saúde. Houve um aumento de recursos para este edital: ano passado, os recursos somaram R$ 900 mil, e o edital deste ano destinará R$ 6 milhões para as pesquisas em saúde (4 milhões do Ministério de Saúde e 2 milhões da Fundação Araucária). Para o professor Roberto Ferreira Artoni, do departamento de Biologia Estrutural, Molecular e Genética da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o programa é diferenciado por aliar a secretaria, o ministério e as universidades. “Não é um simples caso de interferência. A academia se sente fechada, sem poder ajudar. Assim (com a oficina), sabemos onde podemos ajudar”, disse Artoni.