Uma das oficinas que mais tem chamado a atenção dos alunos é a de musicalização, na qual aproximadamente 550 alunos estão tendo a iniciação musical e aprendendo a tocar flauta doce. Walmir Marcelino Teixeira - responsável pela oficina – entende que o mais importante para o aprendizado é realizar a união entre a prática e a teoria. “A idéia é a de dar o instrumento para que eles possam fazer a relação entre o que eles cantam e o que eles tocam”, disse.
De acordo com Walmir, outro ponto de grande relevância é a relação entre os sons e a escrita musical. “Não dá para dizer que eles saem daqui músicos. Mas, depois dos cinco dias da oficina já saem tocando muita coisa, aproximadamente 15 músicas. Isso facilita na continuidade dos estudos de música”, afirma.
Muitos dos participantes nunca tiveram contato com instrumentos musicais. Esse é o caso da aluna Franciele Garcia Marques (15), que estuda no Colégio Estadual Castelo Branco, de Primeiro de Maio. “Essa foi uma ótima oportunidade para aprender tocar um pouco. É complexo, mas dá para aprender é só se dedicar”, acredita.
Já Isabely Simoniato (16), também estudante do Colégio Estadual Castelo Branco, de Primeiro de Maio, conta que já havia tido contato com a música, mas a oficina é muito interessante. “Já toco violão, o que acredito que facilite um pouco, mas nunca tinha tido contato com a flauta doce. É um instrumento legal. Até agora eu já aprendi tocar mais ou menos dez músicas”, confessa.
Alunos especiais - A oficina conta ainda com a participação de aproximadamente 30 alunos com necessidades especiais, dentre eles estudantes com deficiência visual e mental. Segundo Walmir, são realizadas pequenas adaptações curriculares de acordo com a necessidade específica de cada aluno.“Cada estudante tem um ritmo de aprendizagem. O importante é que eles saem daqui diferentes do que entraram, com um novo repertório na bagagem de vida”, disse.