Oficina Volante oferece novas oportunidades para trabalhadores do Sudoeste


Desde agosto de 2007, as empresas da indústria do vestuário da região de Pato Branco têm contado com o apoio da Oficina, uma iniciativa do Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Publicação
17/03/2009 - 17:40
No início de 2008, Roseli Maria Rossanelli, moradora de Pato Branco, ficou sabendo por meio de uma irmã sobre a “Oficina Volante de Inclusão Sócio-Tecnológica do Setor Vestuário”, um projeto-piloto que conta com um micro-ônibus equipado com máquinas de costura e sistemas de áudio e vídeo que leva até o setor de confecção a instrução, a adequação técnica e a inovação. “Ela viu na televisão e me avisou. No dia seguinte, já tava inscrita”, afirma Roseli. “Desde então, só tenho a agradecer, cada dia é uma coisa nova, diferente, para a gente aprender”. Antes da Oficina, Roseli chegou a trabalhar em uma lanchonete e também com bolachas e salgados caseiros. “Com duas crianças pequenas, ficava difícil trabalhar com isso”, revela. Hoje, Roseli e sua mãe trabalham juntas, em casa, fazendo uniformes colegiais e roupas sociais. “Antes, sabíamos apenas fazer regatas e calção com elástico. Na Oficina, nós aprendemos a colocar zíper, fazer calça social, camisa. Até aprendemos a mexer nas máquinas. Esse projeto caiu do céu, foi maravilhoso”. Desde agosto de 2007, as empresas da indústria do vestuário da região de Pato Branco têm contado com o apoio da Oficina, uma iniciativa do Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), vinculado à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Além da qualificação profissional, o projeto atua como um agente de melhorias sociais, oferecendo benefícios a todos os envolvidos. O programa também oferece atendimento itinerante às oficinas residenciais, e às micro e pequenas empresas de confecção de Pato Branco e região. Os objetivos do programa são o de fortalecer o elo da cadeia produtiva, promovendo a interiorização e disseminando os serviços de extensão tecnológica. Os profissionais de costura desenvolvem habilidades de produção, as boas práticas de fabricação, o aumento na segurança do trabalho. A melhora na produtividade e competitividade, a valorização e qualificação da mão-de-obra e o aumento da produção familiar também atuam no projeto. A Oficina Volante fornece, além de cursos de corte, costura e modelagem para os trabalhadores do ramo, orientações sobre ergonomia, boas práticas dentro do trabalho e até mesmo segurança no trabalho. “Nós inclusive demos um curso de um mês sobre bordado industrial”, afirmou a coordenadora regional do projeto, Antônia Sangaletti. De acordo com ela, o projeto da Oficina Volante não se limita à orientação profissional, também ensinando às mais de 300 pessoas beneficiadas conceitos sobre auto-estima, ética e comprometimento no trabalho, entre outros. Antônia ainda afirma que o projeto tem dado uma nova perspectiva para quem passa pela Oficina Volante. “Muita gente que saiu daqui, saiu com emprego garantido. Por isso nós temos muita procura”, disse a coordenadora. As atividades no microônibus começam pela manhã e duram o dia inteiro. Ao final da tarde, são preenchidas fichas técnicas com o relatório das atividades realizadas.