As obras de moradias populares da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) geram mais de 12 mil postos de trabalho no Estado. A empresa trabalha atualmente na construção de 4.145 moradias em 208 dos 399 municípios paranaenses. A estimativa leva em conta que a construção de cada casa cria ao menos três empregos durante a obra, que dura em média três meses. “Desde a primeira fase, a concretagem, até o acabamento, vários profissionais trabalham na obra. Em média, há sempre pelo menos três pessoas envolvidas na construção, mas há momentos em que o trabalho exige um número maior de profissionais, como pedreiros, serventes, carpinteiros, eletricistas, encanadores e pintores, entre outros”, explica o engenheiro Ascelide Parizotto, diretor de Obras da Cohapar. As casas da Cohapar são construídas pelo sistema de gestão comunitária, em que os mutuários se associam e contratam a mão-de-obra no próprio município. “Essa metodologia garante que os empregos são gerados no município que recebe as moradias, fazendo com que o dinheiro investido fique por lá mesmo”, afirma o presidente da Cohapar, Luiz Claudio Romanelli. Desde 2003, a Cohapar adota o sistema de fôrmas metálicas em substituição às tradicionais, de madeira, em boa parte de seus canteiros de obra. As novas fôrmas são mais resistentes e garantem mais precisão e qualidade na obra. Ao mesmo tempo, exigem menor capacitação dos trabalhadores, o que permite que pessoas com pouca experiência em construção civil possam ter acesso aos empregos gerados. “Ao mesmo tempo em que aprimoramos as moradias, oferecemos trabalho à população mais prejudicada pelo desemprego”, diz Romanelli. É o caso de Fabiano Aparecido Zuca, 25 anos, que trabalha como servente nas obras de 20 unidades do programa Casa da Família Indígena em São Jerônimo da Serra, município de pouco mais de 11 mil habitantes, 25% dos quais vivem abaixo da linha de pobreza, segundo o IBGE. “Cheguei a pensar em deixar a cidade, pois não conseguia emprego de jeito nenhum”, conta Fabiano. Donato Gracional Filho, 39 anos, colega de Fabiano, tem 20 anos de experiência com construção civil. Há tempos, entretanto, estava sem trabalho. “Sempre que há obras da Cohapar nós ficamos felizes, pois isso significa emprego para nós”, comemora. Os programas - A Cohapar tem programas habitacionais para moradores das cidades e do campo. O Casa da Família, principal programa da empresa, oferece casas de 40, 44, 52 e 63 metros quadrados, com dois ou três quartos, sala, cozinha, banheiro e varanda. Elas são construídas em alvenaria, têm forro e são cobertas com telhas cerâmicas. Cada tamanho tem pelo menos cinco opções de projeto arquitetônico, à escolha do morador. Os pequenos agricultores do Paraná são atendidos pelo programa Casa da Família Rural, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). O programa oferece casas de 52 metros quadrados e três quartos, com duas opções de projeto desenvolvidos especificamente para a realidade do campo. O financiamento pode ser pago em equivalência-produto. O Casa da Família Indígena é o primeiro programa do Brasil com casas especificamente projetadas para as populações Guarani e Kaingang. Os projetos, desenvolvidos em parceria com lideranças das comunidades e indigenistas, respeitam a cultura e os costumes dos povos. Em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e o Fundepar, a Cohapa constrói as moradias do Casa do Zelador. São casas de 52 m² e três quartos anexas a escolas da rede estadual, destinadas preferencialmente a famílias de policiais militares. O objetivo é aumentar a segurança da comunidade escolar e preservar o patrimônio público. Todos os programas habitacionais do Governo do Paraná são desenvolvidos em parceria com o Governo Federal — por meio da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades — e com as prefeituras. Outros órgãos do Estado, como a Copel e a Sanepar, também são parceiros da Cohapar.