Obras da Cohapar em Colombo não param no feriado de Carnaval

As obras realizadas pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) no Jardim Marambaia, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, estão em fase bem adiantada. No local, 188 casas são edificadas para atender famílias pobres, que moram às margens do Rio Atuba. As chuvas têm provocado constantes enchentes, afetando as famílias. Em Colombo, serão construídas 508 moradias para realocar as famílias que hoje vivem em barracos na beira dos rios Palmital, Arruda e Atuba.
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12/02/2010 - 12:20
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As obras realizadas pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) no Jardim Marambaia, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, estão em fase bem adiantada. No local, 188 casas são edificadas para atender famílias pobres, que moram às margens do Rio Atuba. Para acelerar as obras do empreendimento, os 85 operários que trabalham na construção das moradias não param no feriado de Carnaval.
A informação foi dada pelos técnicos de uma das empreiteiras ao presidente da Cohapar, Rafael Greca, durante visita ao canteiro de obras na quinta-feira (11). “Vejo aqui um canteiro de obras exemplar e o empenho de todos para fazer avançar o projeto, inclusive, com os operários trabalhando no feriado do Carnaval”, afirmou Greca
De acordo com ele, o trabalho no feriado é um exemplo de dedicação e responsabilidade. “Essa iniciativa me faz lembrar uma escola de samba muito útil, sendo puxada pelo bloco da ‘desinvasão’ em que os trabalhadores, com alegria, podem ver seu trabalho prosperar”.
ENCHENTES – As chuvas têm provocado constantes enchentes no Rio Atuba, afetando diversas famílias que vivem às suas margens. As cheias que alagam as casas trazem sujeira, ratos, aranhas e cobras. “Toda vez que chove temos que sair correndo. Tenho medo que o barraco caia. Não tenho mais sossego nem para trabalhar”, diz Virgínia de Andrade. Ela é viúva e mora com três filhos, há cinco anos no local. “De noite, quando ameaça chuva, nem dormimos. Na última enchente, há dez dias, perdi o pouco que ainda tinha. Parece um sonho que vamos sair daqui e que alguém olhou por nós”.
“Nós estamos vivendo de esperança”, revela Maria Alves da Costa, 64 anos. Ela mora com mais três pessoas numa casa ameaçada de desabar. “O piso da cozinha já está cedendo por causa das enchentes”, conta ela. Entusiasmada, fala dos planos para quando sair dali para a nova casa. “Essa é a maior alegria da minha vida. É uma vitória. Nunca tive uma casa assim, tão boa e bonita. Nem acredito que vou ter paz e dormir tranqüila. Nunca mais quero ter medo da chuva”.
A líder comunitária Selma Cordeiro de Almeida, 35 anos, mora ali há 30 anos e recorda toda tristeza que já presenciou. “As pessoas perdem tudo que têm. Mas todos estão com esperança agora, contando os dias para ver suas casas prontas e finalmente ter um lugar digno, seguro e com conforto. As pessoas que vivem aqui, não tiveram outra opção. São pessoas trabalhadoras que não conseguem pagar aluguel ou comprar um espaço melhor. Ninguém está nessa situação porque quer”, observou Selma.
PAC – Em Colombo, serão construídas 508 moradias para realocar as famílias que hoje vivem em barracos na beira dos rios Palmital, Arruda e Atuba. As novas casas fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e vão receber investimentos de R$ 19,8 milhões, já incluídas as contrapartidas do Governo do Estado e município. Além das 188 casas do Jardim Marambaia, outras 70 serão construídas no Jardim Contorno, e 250 no Jardim Liberdade.
O projeto também contempla 371 famílias do Jardim Liberdade que estão tendo seus lotes regularizados e a recuperação das margens e afluentes do Rio Atuba. Será ainda construída uma lagoa para regularização das cheias, com equipamentos e controle de vazão com a finalidade de evitar as enchentes da bacia do rio Palmital.
Além disso, o projeto inclui, para o Jardim Liberdade, mais de 10 mil metros quadrados de pavimentação na área de reassentamento e 8,5 mil na área de regularização fundiária. Na região do Jardim Contorno serão 2,1 mil metros quadrados de pavimentação na área 1 e 1.580 na área 2. Estão ainda previstas para esses locais a recuperação das margens e afluentes do Rio Atuba.

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