A apresentação da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) lotou o Santuário São Benedito, na cidade da Lapa, no último sábado (28). No programa, obras de Felix Mendelssohn, em homenagem ao bicentenário de nascimento do compositor, a Sinfonia nº 8, de Antonin Dvorak e a Radetzky March, que contou com a participação do público, sob a regência do maestro Alessandro Sangiorgi. O concerto fez parte do esforço desenvolvido pela diretoria do Centro Cultural Teatro Guaíra em promover a presença dos seus corpos estáveis - a Orquestra Sinfônica do Paraná, O Balé Guaíra e o Guaíra 2 Cia de Dança – nas cidades do interior do Estado. Apesar das dificuldades que envolvem o deslocamento dos grupos, a diretora-presidente Marisa Villela destaca a importância deste tipo de atuação do Centro Cultural Teatro Guaíra, que como órgão do governo do Estado deve atuar com a perspectiva de atender a todos os municípios do Paraná. A prefeitura da Lapa e o Centro Cultural Teatro Guaíra têm mantido entendimentos, há algum tempo, no sentido de promover tanto a apresentação dos corpos estáveis na cidade como a vinda de estudantes e outros grupos às apresentações no Teatro Guaíra, numa colaboração estreita para o desenvolvimento cultural da comunidade lapeana. A escolha do Santuário de São Benedito para a realização do concerto teve como principal objetivo chamar a atenção para a importância histórica de um dos principais pontos turísticos da cidade, que vinha sendo depredado pela ação do tempo e hoje está em processo final de restauração. O Santuário tem suas origens em 1870, quando foi edificada uma capela para que se cultuasse São Benedito, o santo protetor dos escravos. Entre 1947 e 1957 foi construído o templo atual, em estilo moderno e simples, e ainda conserva a antiga imagem do santo negro. O programa - Sob a regência do maestro Alessandro Sangiorgi, a Orquestra Sinfônica do Paraná apresentou um programa que agradou ao público que lotou o Santuário e reagiu de forma entusiasmada à apresentação das obras. O programa foi formado pelas composições “A Gruta de Fingal” e a “Marcha Nupcial”, de “Sonho de Uma Noite de Verão”, de Felix Mendelssohn; Sinfonia nº 8, de Antonin Dvorak; e, como bis, a OSP brindou o público com a “Radetzky March”, de Johan Strauss. Nas apresentações nos teatros europeus, essa obra tem por característica ser acompanhada com o público batendo palmas. A cena se repetiu com a plateia da Lapa.