OPO de Cascavel realiza primeira captação de órgãos para transplantes

O coração foi enviado para a Santa Casa de Londrina, o fígado para o Hospital de Clínicas de Curitiba e rins e pâncreas para o Hospital Angelina Caron, também em Curitiba
Publicação
27/12/2010 - 19:20
Editoria
Depois de confirmada a morte encefálica de uma paciente na manhã desta segunda-feira (27), os familiares autorizaram a doação dos rins, do fígado, e de tecidos, como globos oculares e ossos. O processo de retirada dos órgãos e dos tecidos começou logo depois.
Os órgãos foram transportados na noite desta segunda-feira em aviões do Governo. O coração foi enviado para a Santa Casa de Londrina, o fígado para o Hospital de Clínicas de Curitiba e rins e pâncreas para o Hospital Angelina Caron, também em Curitiba.
Após ser inaugurada a Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Cascavel, que esta funcionando na Regional de Saúde, intermediou nesta segunda-feira (27) a primeira captação de órgãos. A doadora de 26 anos foi monitorada durante 11 dias, desde que foi hospitalizada na UTI com um aneurisma cerebral.
Depois de ser confirmada a morte encefálica, na manhã desta segunda-feira, os familiares autorizaram a doação dos rins, do fígado, e de tecidos, como globos oculares e ossos. O processo de retirada dos órgãos e dos tecidos começou nesta tarde.
Os órgãos serão transportados na noite desta segunda-feira em aviões do Governo. O coração será enviado para a Santa Casa de Londrina, o fígado para o Hospital de Clínicas de Curitiba e rins e pâncreas para o Angelina Caron, também em Curitiba.
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Moreira Junior, ressaltou a importância da implantação das OPOs, pois apenas uma em cada quatro possíveis doações se converte em transplante de órgãos no Estado. Com a instalação das OPOS, vamos ampliar significativamente o aumento no número de transplantes no Paraná”.
“A doação de órgãos é um ato de solidariedade para com o próximo. Dar a oportunidade a outras pessoas viverem com atitudes como desta família é um ato importante que deve ser incentivado em todos os brasileiros”, afirma Moreira.
A técnica de enfermagem e integrante da OPO de Cascavel, Cleci Godinho, contou que a assim que a morte cerebral foi confirmada, a família imediatamente foi abordada e, posteriormente, com a concordância, imediatamente a Central de Transplantes foi notificada.
OPOs - No dia 13 deste mês, dia do aniversário de 15 anos da Central de Transplantes, o Governo implantou seis Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). Elas estão sendo instaladas em Curitiba – no Hospital do Trabalhador, na Região Metropolitana – no Hospital Angelina Caron, que fica em Campina Grande do Sul, no Hospital Regional de Ponta Grossa e nas Regionais de Saúde de Maringá, Cascavel e Londrina.
As OPOs vão ajudar na identificação de possíveis doadores de órgãos e tecidos e na manutenção destes doadores até que o órgão seja retirado. A equipe também ficará responsável pela abordagem à família. Cada OPO terá um médico coordenador, seis enfermeiros e dois técnicos administrativos. A equipe também será responsável pela notificação do possível doador à Central de Transplantes.
Desde que a Central de Transplantes foi criada, em 1995, já foram realizados mais de 22 mil transplantes de órgãos e tecidos. Somente em 2010, foram realizados mais de mil transplantes. Atualmente cerca de três mil pessoas esperam na fila por um órgão.