Quando o presidente Lula, ao contrário do que muitos agourentamente prediziam, manteve a estabilização financeira e começou a promover, depois de duas décadas, o crescimento econômico do País, além do sucesso indiscutível de seus programas sociais, as vozes do passado ensaiaram a mesma explicação sem graça: o Brasil estaria simplesmente se aproveitando dos ares favoráveis da conjuntura internacional. Não haveria mérito algum do governo federal. Por isso, já estamos escaldados, já sabemos o que os opositores renitentes do Governo Roberto Requião dirão a respeito das extraordinárias notícias de crescimento econômico do Paraná.
Não importa. Os fatos falam por si. O Paraná apresentou um crescimento do seu PIB da ordem de 6% em 2007. É um índice maior que o crescimento nacional, que foi de 5,4%. Não é só. As projeções indicam o possível crescimento de até 8% em 2008, um índice que aproximaria o Paraná de países como a China e a Venezuela.
Nossos detratores habituais talvez digam que o Paraná meramente navega nas boas águas da conjuntura econômica nacional. Pois bem, que se decidam: ou bem o governo Lula está promovendo o desenvolvimento do Brasil, ou bem o governador Requião está promovendo o desenvolvimento do Paraná. Provavelmente, ambas as coisas, no que acredito firmemente.
Analisemos o caso do Paraná. Veremos o papel decisivo que o Governo estadual vem tendo no desenvolvimento do Estado, por suas políticas e sua visão de longo alcance, com iniciativas que não apenas garantiram o atual índice de crescimento, mas que lançam as bases para um crescimento ainda mais acelerado no futuro próximo.
Vejamos o caso da produção de açúcar e álcool. A produção de cana-de-açúcar cresceu 35% em 2007. O Paraná é hoje o segundo produtor nacional de açúcar e álcool. O que faz o Governo Requião? Planeja a construção de um alcoolduto ligando o Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá, passando por todo o Norte do Paraná, que é a maior região produtora do Estado.
Cria ainda o Terminal Público de Embarque de Etanol para baratear o custo das exportações. São medidas que tornam possível um aumento significativo da produção e seu escoamento. Com isso, o Paraná poderá tornar-se o maior exportador de álcool de toda a América do Sul, contribuindo em muito para que o Brasil se torne o grande abastecedor de etanol em todo o mundo.
Vejamos ainda o caso da carne. O Brasil é de longe o maior exportador de carnes do mundo. O Paraná detém uma grande parcela da produção e da exportação brasileiras. Os governos estadual e federal, em parceria com a iniciativa privada, lançam o Corredor de Congelados do Paraná, que permite aumentar o escoamento de carne pelo Paraná em 50 mil toneladas por mês, 600 mil toneladas por ano, com custos menores de exportação. A iniciativa permite ainda que o crescimento na produção do Estado seja ainda maior nos próximos anos.
Passemos agora ao item de atração de novas indústrias para o Estado. O governo anterior gabou-se muito das montadoras que trouxe para o Paraná, escudadas em contratos nebulosos, e acusou a então oposição, da qual fazíamos parte, de tacanha, por supostamente tentar impedir o desenvolvimento econômico. Essa acusação era verdadeira? Não, era completamente infundada, e a prova disso são os investimentos que o Governo Requião atraiu e está atraindo.
A Fiat anunciou este mês que investirá 250 milhões de reais para reativar a fábrica de motores da Tritec, em Campo Largo, que estava fechada. O objetivo é tornar a fábrica a maior produtora de motores para veículos da América Latina. Serão 500 empregos diretos e 1.500 indiretos. No mesmo município, a Eletrolux, sueca, vai investir 100 milhões de reais numa nova fábrica de eletrodomésticos de linha branca, e a Sig Combibloc, suíço-alemã, 100 milhões de euros numa fábrica de embalagens cartonadas.
O Paraná está atraindo também outros investimentos, como 2,5 bilhões de dólares nos próximos cinco anos para ampliação da Refinaria Presidente Vargas (Repar), da Petrobrás, em Araucária, com a criação de 17 mil postos de trabalho diretos até 2001; 850 milhões de dólares para ampliação da Klabin, em Telêmaco Borba; 200 milhões de dólares do Grupo Sadia, em grande parte destinados à reconstrução da unidade de Toledo, destruída por um incêndio, e ao terminal de exportação da empresa em Paranaguá.
A lista poderia continuar por mais alguns parágrafos, mas vou citar ainda a instalação de empresas como CCE, Bit Way, Eletrolux, Perdigão, Leão Júnior, Frimesa, Nutrimental, Eternit, América Latina Logística, SIG Comblibloc, Dynapar, Corol, Companhia Providência e Dixie Toga. O total de investimentos supera 6,8 bilhões de reais.
O desenvolvimento econômico do Paraná é um fato — e significativo. O papel que o Governo Requião tem nesse desenvolvimento é relevante. Essas são verdades que não podem ser desmentidas e que os próximos anos apenas tornarão superadas com um crescimento ainda mais rápido e sólido. O Paraná construiu nos últimos cinco anos os alicerces para colher os frutos benfazejos do desenvolvimento.
*Luiz Cláudio Romanelli é deputado estadual e líder do Governo Requião na Assembléia Legislativa.