Pesquisa Mensal de Emprego (PME) realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em parceria com o IBGE em novembro na Região Metropolitana de Curitiba estimou uma 115 mil o número de empregados do setor privado sem carteira assinada. Segundo o levantamento, o resultado representa uma queda de 14,8% em relação ao mês anterior ou uma redução de 20 mil desempregados em relação a outubro. Já na comparação com o mesmo mês de 2005, a queda foi ainda maior: -20,7%.
De acordo com o presidente do Ipardes, José Moraes Neto, a formalização do emprego é um sinal do bom desempenho de alguns setores da economia paranaense no último semestre. “Vemos a indústria com um ligeiro crescimento e um melhor desempenho da construção civil. O aumento da formalização também é resultado de uma maior fiscalização dos órgãos responsáveis. Isto é muito bom para a economia e para os trabalhadores a partir do momento que eles conseguem uma relação de trabalho não-precária”, analisou.
Rendimento – A pesquisa Ipardes/IBGE também revela que, em relação ao mesmo mês do ano anterior, os empregados do setor privado com carteira assinada e os trabalhadores por conta própria conquistaram crescimentos de 9,9% e 15,6%, respectivamente, nos seus rendimentos médios. Por outro lado, os empregados do setor privado sem carteira assinada, tiveram redução média de 1,9% nos seus salários.
No mês de novembro de 2006, o rendimento médio real recebido pelos empregados com carteira assinada, no setor privado, foi de R$ 966,90, mantendo-se estável em relação ao mês anterior. Já o rendimento médio dos empregados sem carteira assinada foi de R$ 689,30, apresentando redução de 7,2% em relação a outubro. Os trabalhadores por conta própria tiveram rendimento médio de R$ 1.008,70, decréscimo de 1% em relação a outubro.
O rendimento médio real recebido pelas pessoas ocupadas em novembro foi de R$ 1.088,20, acréscimo de 12% em relação a novembro de 2005 e de 1,0% em relação ao mês de outubro.
Ocupação – Já o número de pessoas desocupadas e procurando trabalho no mês pesquisado foi estimado em 86 mil pessoas, resultado estável em relação ao mês anterior e a novembro de 2005. No mesmo mês do ano passado, o número de pessoas desocupadas foi estimado em 75 mil pessoas.
A taxa de desocupação foi estimada em novembro foi de 5,9%, mantendo-se estável tanto em relação a outubro (5,7%) quanto em relação ao mês de novembro de 2005 (5,1%). O número de pessoas ocupadas foi estimado no mês em 1.387 mil, mantendo-se estável tanto na comparação com o mês de outubro/2006 quanto com novembro de 2005.
A análise do número de pessoas ocupadas segundo os grupamentos de atividade, em relação ao mês de outubro/2006, indica que dois grupos apresentaram variações estatísticamente significativas: “Comércio, reparação de veículos e de objetos pessoais e domésticos e combustíveis” – que compreendeu 19,0% das pessoas ocupadas (263 mil) – apresentou variação de -9,0% e “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” - representando 13,0% das pessoas ocupadas (180 mil) - que apresentou variação de -10,0%”.
Os demais grupos mantiveram-se estáveis quanto ao número de pessoas ocupadas: Indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água, onde se encontravam 19,2% das pessoas ocupadas (266 mil); construção, neste grupo encontravam-se 7,4% das pessoas ocupadas (102 mil); administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais, neste grupamento encontravam-se 15,5% do total de pessoas ocupadas (215 mil); serviços domésticos, com 7,2% das pessoas ocupadas (100 mil ); outros serviços (alojamento e alimentação, transporte, serviços pessoais, e outros) que compreendeu 17,4 % das pessoas ocupadas (242 mil).
Comparativamente ao mês de novembro de 2005, somente o grupamento “comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis” apresentou variação estatisticamente significativa de –13,8%.
Do total de pessoas ocupadas no mês de novembro/2006, 74,4% estavam na condição de empregados (1.032 mil), 19,7% trabalhavam por conta própria (273 mil) e 4,9% eram empregadores (69 mil).
Atividade - A População em Idade Ativa (PIA), composta por pessoas de 10 anos ou mais de idade, foi estimada em 2.541 mil , em novembro. Este contingente manteve-se estável relação ao mês de outubro de 2006. Na comparação com o mês de outubro do ano passado, apresentou crescimento estatisticamente significativo de 2,6%, representando 65 mil pessoas. Daquele total, 58,0% eram economicamente ativas (PEA), e 42,0% eram não economicamente ativas (PNEA).
A População Economicamente Ativa foi estimada para o mês de novembro de 2006 em 1.473 mil pessoas, mantendo-se estável tanto em relação a outubro/2006 quanto a novembro/2005.
O número de pessoas não economicamente ativas foi estimado, para o mês de novembro/2006, em 1.068 mil pessoas, não apresentando crescimento significativo em relação ao mês anterior. No entanto, na comparação com o mês de novembro/2005, o crescimento foi de 5,8%.
A taxa de atividade (relação entre as pessoas economicamente ativas e as pessoas em idade ativa), que foi de 58,0% no mês de novembro/2006, apresentou estabilidade tanto em relação a outubro deste ano (58,4%) quanto a novembro de 2005 (59,3%).
Número de empregos informais caiu 14,8% na Grande Curitiba
Segundo dados levantados pelo Ipardes, em conjunto com o IBGE, a queda em novembro é mais significativa se comparada com a taxa do mesmo mês do ano passado: -20,7%
Publicação
22/12/2006 - 18:30
22/12/2006 - 18:30
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