O Porto de Paranaguá vai contar, a partir da próxima safra, com um equipamento automatizado para carregamento de sacarias. Para isso, foi assinado nesta quarta-feira (01) um contrato entre a empresa Marcon e a Superintendência da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). A parceria permite a instalação do equipamento em área pública.
De acordo com o diretor da Marcon, Hélcio de Andrade Torres Filho, há um ano e meio a empresa vem estudando a instalação do equipamento no porto. “É uma iniciativa que vai reduzir em 50% o tempo que um navio de carga geral fica em Paranaguá”, salienta.
“Além de agilizar a operação, vamos recuperar a carga geral que o porto tem perdido nos últimos anos por não possuir equipamento automatizado de solo”, acrescentou. O equipamento virá da Alemanha e a Marcon investirá inicialmente R$ 15 milhões para a instalação em Paranaguá.
Com capacidade nominal para operar 4.500 toneladas por dia, o equipamento faz com que a carga ensacada a ser exportada seja transportada através de esteiras-rolantes até chegar num carregador automático, onde os sacos descem para o interior do porão em espiral, numa espécie de tobogã.
Para o superintendente em exercício da Appa, Benedito Nicolau dos Santos Neto, o contrato com a Marcon representa mais um passo para a modernização do Porto de Paranaguá. “Estamos dando continuidade ao processo de modernização dos portos paranaenses, sempre pensando no bem-estar dos trabalhadores e na melhoria do porto público. O equipamento será de uso público e vai impulsionar o aumento na movimentação de cargas em Paranaguá”, destacou.
A assessoria sindical da Appa também participou da assinatura do contrato. De acordo com Isaías Vicente da Silva, que representa os estivadores, a automatização trará mais produtividade à Paranaguá, gerando mais empregos. “Quando temos empresários que não descartam os trabalhadores, caminhamos juntos para o progresso. Este equipamento vai aumentar a movimentação de cargas em Paranaguá e todas as categorias profissionais vão ganhar com isso”, disse.
EXIGÊNCIA – Desde outubro do ano passado, uma nova regra da Bolsa de Mercadorias indica que é de responsabilidade do exportador colocar a carga dentro dos navios. Isso significa que o comprador não manda mais para o porto navios com guindaste de bordo. É necessário que o terminal disponha de equipamentos automatizados para fazer o embarque.
“Fora isso, os compradores estão dando um bônus de US$ 10 por tonelada ao exportador que utilizar equipamentos automatizados, garantindo assim a agilidade e velocidade do embarque. Agora que o Porto de Paranaguá vai estar equipado, poderemos apresentar aos compradores mais uma vantagem que o porto oferece”, explica Torres.
Novo equipamento ampliará operação de carga geral no Porto de Paranaguá
O equipamento, fruto de um contrato entre a empresa Marcon e a Appa, vai reduzir em 50% o tempo que um navio de carga geral fica em Paranaguá
Publicação
01/10/2008 - 17:10
01/10/2008 - 17:10
Editoria