Novas casas garantem desenvolvimento da agroecologia no Paraná

O total de investimento chega a R$ 953.290,00, sendo que R$ 721.060 serão direcionados aos convênios, e o restante à Ordem de Serviço para a construção das moradias de Arapongas
Publicação
06/11/2007 - 18:00
Editoria
O governador Roberto Requião e o presidente da Companhia de Habitação do Paraná, Rafael Greca, assinaram nesta terça-feira (06) dois convênios e uma ordem de serviço para a construção de 65 casas voltadas para o desenvolvimento de escolas de agroecologia. O total de investimento chega a R$ 953.290,00, sendo que R$ 721.060 serão direcionados aos convênios, e o restante à Ordem de Serviço para a construção das moradias de Arapongas. “O governador quer que a agricultura familiar tenha um suporte, e reconhece nas escolas de agroecologia, ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), institutos capazes de disseminar a cultura do campo herdada dos nossos avós, que é a agricultura orgânica. Estas escolas são capazes de guardar as sementes dos produtos vegetais que hoje estão sendo transformados”, afirmou Rafael Greca. As casas serão construídas em municípios onde estão sendo desenvolvidos Escolas voltadas à formação de profissionais do campo e jovens agricultores nos municípios de Arapongas, Maringá e Lapa. “A idéia é, em todos esses lugares, receber famílias de pequenos agricultores para prepará-los para a agroecologia e para a agricultura”. Um dos convênios trata da Cooperação Técnica e Financeira entre a Cohapar e o Instituto Latino-Americano de Agroecologia, Educação Capacitação e Pesquisa da Agricultura Camponesa, para a construção de mais 30 unidades habitacionais. As casas vão abrigar famílias, estudantes e trabalhadores envolvidos nos projetos de instalação da Escola Superior Latino-Americana de Agroecologia, na cidade da Lapa, no assentamento Contestado. O outro convênio de Cooperação Técnica e Financeira será firmado com o Itepa (Instituto Técnico de Educação e Pesquisa da Reforma Agrária) e prevê a construção de outras 20 casas, na escola Milton Santos, no município de Maringá. A Ordem de Serviço prevê a construção de 15 moradias, de 52,32 metros quadrados cada, numa área do Centro de Assentamento Dorcelina Folador, no município de Arapongas. Para Silvana dos Santos Moreira, que representou o Itepa, estas assinaturas vão fortalecer uma nova forma de produzir alimentos. “Essas escolas estão voltadas para discutir a agroecologia, uma nova forma de olhar a agricultura e o campo, forma de mudar a forma de produzir alimentos. “Deixamos de olhá-los como uma mera mercadoria e sim como uma necessidade básica do ser humano. Alimentos saudáveis e sem agrotóxicos. Além disto, tem grande importância porque essas casas vão servir aos trabalhadores que atuam nas escolas e no campo”, ressalta. Leila Denise Meurer, coordenadora do Instituto Latino-Americano de Agroecologia, enfatiza a importância do convênio. “As casas construídas pela Cohapar servirão de apoio e estrutura para o próprio Instituto, para trabalhadores, professores e coordenadores que estão atuando no dia-a-dia da escola, que tem a intenção de ter uma auto-produção”, conclui. O instituto foi originado de uma articulação de várias organizações da via campesina, principalmente o MST, MPA/MAP, Movimento de Mulheres, CPT e a Pastoral da Juventude Rural. Quem representou a associação comunitária Dorcelina Folador foi Altamir Ramos, agricultor de Arapongas.

GALERIA DE IMAGENS