A respeito da nota do ministro Paulo Bernardo sobre a proposta de desvio ferroviário a ser feito pela ALL.
A) O ministro tenta se esconder atrás de suposta ordem direta do presidente Lula. Não posso acreditar que o presidente tenha montado a absurda proposta que o ministro me trouxe.
B) O valor da obra, conforme documento exposto na Agência de Notícias do Governo do Paraná no dia 23 de fevereiro, foi estimado pelo Ministério do Planejamento e pelo Congresso Nacional entre R$ 200 e R$ 220 milhões. Como no Paraná construímos mais barato, o nosso preço estaria em torno de R$ 150/R$160 milhões.
C) Realmente, durante a conversa com o ministro Paulo Bernardo e com Bernardo Figueiredo, àquela época assessor da Casa Civil da Presidência da República e hoje diretor da ANTT, consultei, pelo telefone, o secretário de Transportes, Rogério Tizzot, que me noticiou o novo preço superfaturado da obra, orçado em cerca de R$ 540 milhões.
D) A minha indignação não se resumia ao preço absurdo da obra, mas também ao fato de que, pela engenharia financeira montada, a ALL deixaria de pagar pela concessão da antiga Rede Ferroviária Federal a quantia de R$ 52 milhões por ano, que seriam destinados a amortizar um empréstimo feito pelo BNDES, que pagaria a empreiteira construtora do tramo. Desta forma, além do superfaturamento, a ALL estaria recebendo de presente o trecho Guarapuava-Ipiranga.
E) Naquele momento, recusei com veemência a hipótese de aprovar o absurdo. Agora, na ocasião em que o ministro diz que atrapalho negócios e investimentos no Paraná, revelo o que aconteceu no citado encontro. Isto não me parece um negócio e sim uma negociata.
F) Espero que cheguemos a um ponto de amadurecimento político no Paraná e no Brasil em que uma crítica feita a um personagem no PT não seja considerada uma agressão ao partido, ou uma inclinação à direita, mas sim pura e simplesmente uma atitude em defesa da moralidade e do interesse público.
G) Gostaria de saber a opinião sobre o assunto do senador Osmar Dias e do prefeito Beto Richa. A opinião do Orlando Pessuti eu conheço, é igual à minha.
ROBERTO REQUIÃO
Governador do Paraná
A) O ministro tenta se esconder atrás de suposta ordem direta do presidente Lula. Não posso acreditar que o presidente tenha montado a absurda proposta que o ministro me trouxe.
B) O valor da obra, conforme documento exposto na Agência de Notícias do Governo do Paraná no dia 23 de fevereiro, foi estimado pelo Ministério do Planejamento e pelo Congresso Nacional entre R$ 200 e R$ 220 milhões. Como no Paraná construímos mais barato, o nosso preço estaria em torno de R$ 150/R$160 milhões.
C) Realmente, durante a conversa com o ministro Paulo Bernardo e com Bernardo Figueiredo, àquela época assessor da Casa Civil da Presidência da República e hoje diretor da ANTT, consultei, pelo telefone, o secretário de Transportes, Rogério Tizzot, que me noticiou o novo preço superfaturado da obra, orçado em cerca de R$ 540 milhões.
D) A minha indignação não se resumia ao preço absurdo da obra, mas também ao fato de que, pela engenharia financeira montada, a ALL deixaria de pagar pela concessão da antiga Rede Ferroviária Federal a quantia de R$ 52 milhões por ano, que seriam destinados a amortizar um empréstimo feito pelo BNDES, que pagaria a empreiteira construtora do tramo. Desta forma, além do superfaturamento, a ALL estaria recebendo de presente o trecho Guarapuava-Ipiranga.
E) Naquele momento, recusei com veemência a hipótese de aprovar o absurdo. Agora, na ocasião em que o ministro diz que atrapalho negócios e investimentos no Paraná, revelo o que aconteceu no citado encontro. Isto não me parece um negócio e sim uma negociata.
F) Espero que cheguemos a um ponto de amadurecimento político no Paraná e no Brasil em que uma crítica feita a um personagem no PT não seja considerada uma agressão ao partido, ou uma inclinação à direita, mas sim pura e simplesmente uma atitude em defesa da moralidade e do interesse público.
G) Gostaria de saber a opinião sobre o assunto do senador Osmar Dias e do prefeito Beto Richa. A opinião do Orlando Pessuti eu conheço, é igual à minha.
ROBERTO REQUIÃO
Governador do Paraná