O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e o diretor-presidente da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), João Lech Samek, participaram nesta quarta-feira (27), em Paranavaí - região noroeste do Estado - do II Encontro Regional que está discutindo o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Paraná (PLERH/PR) com a participação popular. O Plano do Paraná é o primeiro do país que será concluído com recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente.
Mais de 350 pessoas – entre representantes da sociedade civil organizada, representantes das indústrias, agricultores, grandes usuários de água, Universidades, Organizações Não-Governamentais (Ongs), Ministério Público, municípios e Governo – estiveram presentes no evento, que debateu estratégias para a conservação das águas e estratégias de uso para os próximos 15 anos. As bacias que fazem parte da região de Paranavaí são: Alto Ivaí, Baixo Ivaí/ Paraná 1 e Pirapó Paranapanema 3 e 4.
De acordo com Rasca Rodrigues, a participação dos diversos segmentos da sociedade na discussão do Plano do Paraná é fundamental para garantir a disponibilidade da água para todos os setores da economia e ainda preservá-la para as futuras gerações.
“A ideia é fazer uma pré-analise do Plano Estadual que é a maior ferramenta de gestão dos recursos hídricos do Paraná. É um instrumento que definirá a política e o cenário para o futuro. Um planejamento de tamanha importância não pode ser feito sem a participação da sociedade”, declarou Rasca Rodrigues.
PARTICIPAÇÃO POPULAR - Os Encontros são uma proposta da Suderhsa - autarquia da Secretaria do Meio Ambiente e órgão responsável pela implementação do Plano de Recursos Hídricos do Paraná (PLERH/PR). Para, João Lech Samek, a intenção do Governo com os encontros regionais é que o Plano Estadual de Recursos Hídricos reflita as demandas e expectativas da sociedade paranaense.
“A comunidade é que conhece e vive no dia-a-dia os problemas da sua bacia hidrográfica. Assim sendo, a participação efetiva com recomendações a serem acrescentadas ao Plano Estadual são de extrema importância para o equilíbrio do desenvolvimento econômico sustentado com a preservação dos recursos naturais”, salientou.
ENTENDA – O Plano Estadual de Recursos Hídricos está sendo elaborado com recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente e possui três etapas de elaboração. A primeira delas foi a realização de um diagnóstico sobre as demandas e disponibilidade das águas superficiais e subterrâneas, uso do solo e atividades impactantes ou não, existentes em cada uma das 16 bacias hidrográficas do Paraná.
Na região de Paranavaí, por exemplo, assim como para as demais unidades hidrográficas do Paraná, estão sendo apresentados cenários prevendo as futuras utilizações dos recursos hídricos em suas várias formas de captação e consumo. Os cenários incluem a falta ou a disponibilidade da água em áreas de erosão, estiagem, inundações e cheias, abastecimento público, poluição por esgotamento sanitário em núcleos habitacionais, nas indústrias e na agropecuária. “Para que se tenha uma ideia, as agroindústrias são responsáveis pelo uso de 16,5% da água na região, com tendência a duplicar esta demanda em um período de quatro anos”, explicou José Luiz Scroccaro, diretor da operacional das águas da Suderhsa e coordenador-geral do Plano Estadual de Recursos Hídricos.
A apresentação dos cenários em cada uma das bacias hidrográficas está sendo feita pela Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape) empresa responsável pelos estudos e apresentação dos planos das 16 bacias hidrográficas.
De acordo com a coordenadora do encontro em Paranavaí e das Bacias do baixo Ivaí e Paraná I, Sony Felippe, entre as principais problemas a serem solucionados na bacia do Paraná I, Pirapó, Paranapanema 3 e 4 são os que interferem na qualidade da água dos rios da região. Além disso, as discussões na região estiveram voltadas ao controle no uso de agrotóxicos, controle de erosão do solo – já suscetível à erosão no Arenito Caiuá e também a falta da Mata Ciliar. “Contamos com a participação da sociedade no sentido de contribuir com o futuro das águas na nossa região, que possui um solo frágil e que, assim como as demais, necessita da água para o desenvolvimento econômico”, afirmou a coordenadora da agência de bacias hidrográficas de Paranavaí, Sony Felippe.
Além do secretário e do presidente da Suderhsa, o prefeito de Paranavaí, Rogério Lorenzeti e o prefeito de Cruzeiro do Oeste, Zeca do PT, também compareceram ao evento. O prefeito de Cruzeiro do Oeste apresentou um vídeo intitulado ‘Caminhos do Noroeste’ e que mostra as potencialidades dos 30 municípios que integram a Associação dos Municípios do Noroeste do Paraná (Amerios).
O primeiro encontro foi realizado nesta terça-feira (26), em Toledo e outros três encontros ainda serão realizados autarquia da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – em Londrina, Curitiba e Guarapuava.
Noroeste debate medidas para preservação da água nos próximos 15 anos
Na região de Paranavaí, por exemplo, assim como para as demais unidades hidrográficas do Paraná, estão sendo apresentados cenários prevendo as futuras utilizações dos recursos hídricos em suas várias formas de captação e consumo
Publicação
27/05/2009 - 17:20
27/05/2009 - 17:20
Editoria