Nizan toma posse na presidência do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFPR

Núcleo vai monitorar política de cotas e articular atividades de pesquisa, extensão e captação de recursos
Publicação
15/12/2004 - 00:00
O secretário para Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, participou na noite de terça-feira (14) do lançamento oficial do “Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros” criado pela Universidade Federal do Paraná. “Para transformarmos este país numa nação é necessário que olhemos para dentro de nós para reconhecermos nossa identidade, e a criação deste núcleo é um grande passo nesta direção”, afirmou o secretário, ao tomar posse na presidência do núcleo. De acordo com Nizan, o objetivo do Núcleo é constituir um centro de referência na UFPR que articule e promova atividades de ensino, pesquisa e extensão relacionadas ao campo dos estudos afro-brasileiros. As atividades do Núcleo prevêem a captação de recursos que viabilizem cursos, seminários, palestras, publicações, além da realização de vídeos, programas de rádio e televisão e reportagens para a imprensa. “O núcleo não será responsável apenas pela concessão de bolsas, mas também será espaço de discussão e preservação da diversidade”, salientou o reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Junior. Para o reitor, o núcleo também é resultado de um debate que já dura três anos e sua criação oficial coincide com “a vitória na batalha pelas cotas” representada pela cassação da liminar que impedia a realização do vestibular com vagas reservadas para negros e índios. “Ao longo deste ano travamos uma dura batalha que foi encerrada ontem com a definição do vestibular com cotas. A cassação da liminar é o melhor presente para a UFPR, que completa 92 anos pretendendo ser espelho da sociedade rica pela diversidade”, disse. A vice-reitora, Maria Tarcisa Bega, o núcleo também terá a função fiscalizadora. “Também vai monitorar as políticas afirmativas do MEC – na questão das cotas nos vestibulares – e da Saúde, nas políticas de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e a Aids”, explicou.