Nem todo capacete oferece segurança ao motociclista

Além do certificado pelo Inmetro, o capacete deve ser trocado periodicamente
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23/04/2005 - 06:00
Editoria
Quando há um acidente de moto, dificilmente o condutor sai ileso. Se ele ainda estiver sem o capacete, os riscos de morte aumentam drasticamente. O alerta vale também para o motociclista que utiliza o equipamento de proteção incorreto. Segundo os médicos do Siate, são comuns os casos em que os motociclistas só morreram porque estavam utilizando o capacete errado. O diretor do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR), Marcelo Almeida, cita o popular capacete “coquinho”, que é proibido por lei. Na parte interna desses capacetes existe um alerta que os mesmos não podem ser usados por motociclistas, mas o aviso normalmente é ignorado. Segundo o comandante do Batalhão da Polícia de Trânsito (BpTran), tenente-coronel Altair Mariot, todos os dias um motociclista é flagrado em blitze utilizando o capacete fora das especificações e o uso do “coquinho” é freqüente. “O coquinho é um modismo! Muitos o usam porque acham mais bonito e esquecem da sua própria segurança”, alertou. Além de colocar a vida em risco, o motociclista flagrado usando o capacete coquinho no trânsito tem a sua carteira de habilitação suspensa automaticamente e leva multa de R$ 191,54 (artigo 244 do Código de Trânsito Brasileiro). No ano passado, 2.051 motociclistas tiveram suas habilitações suspensas por dirigirem sem capacete ou com o capacete errado. O uso do capacete “coquinho” é proibido porque o modelo não oferece segurança alguma ao condutor. Além de não proteger o rosto, o modelo é fraco e se solta facilmente da cabeça. Além do certificado pelo Inmetro, o capacete deve ser trocado periodicamente. Isso porque o equipamento tem um prazo de validade, que varia de um a três anos. Se o capacete não tiver viseira transparente diante dos olhos, é obrigatória a utilização de óculos de proteção.