Museu mostra história das penitenciárias no Paraná

O Espaço Cultural Ângelo Cambio Paredes já conta com máquinas tipográficas, que eram usadas na Penitenciária Central do Estado
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29/12/2010 - 17:30
Editoria
Para preservar e contar a história do Sistema Penitenciário do Paraná, o Departamento Penitenciário (Depen) inaugurou, nesta quarta-feira (29), o Museu Penitenciário do Estado do Paraná. Localizado na Colônia Penal Agrícola, em Piraquara, a casa guardará objetos e documentos que retratam os mais de 100 anos dos presídios. No ano que vem, o museu será aberto ao público.
O Espaço Cultural Ângelo Cambio Paredes, nome dado em homenagem ao pai do coordenador do Depen, Cezinando Paredes, já conta com máquinas tipográficas, que eram usadas na Penitenciária Central do Estado, todas com mais de 60 anos e ainda em funcionamento. O museu também receberá os documentos e objetos que estão em exposição desde o mês de setembro no Museu Paranaense, no segundo ano da mostra “Do Cárcere ao Sistema Penitenciário 1800-1930”.
PRESERVAÇÃO – Para o secretário da Justiça e Cidadania, José Moacir Favetti, a criação do Museu Penitenciário é uma importante forma de resguardar a história dos presídios. “A preservação da história é importante para a construção e solidificação de uma instituição”.
O projeto para construção do museu começou em 2004, com pesquisas no arquivo público, museu paranaense e no acervo do Depen. De acordo com Felis Russi Filho, curador do novo museu e um dos coordenadores da comissão especial que desenvolveu o projeto, foi em 2008, centenário da criação do sistema penitenciário, que a ideia começou a tomar forma.
“O museu foi criado para que os funcionários se orgulhem de seu trabalho e que resgatem a honra de serem servidores”, declarou Carlos Alberto Pereira, também curador e um dos coordenadores da comissão especial. Para o coordenador do Depen, o acervo é uma forma de recuperar a história. “Serão expostas as dificuldades e todas as mudanças que houve desde a criação do sistema penitenciário”.
Para completar o acervo, 20 mil prontuários e 83 livros de registros de presos estão passando por um processo de catalogação e higienização em parceria com universidades para ficarem disponíveis a estudos acadêmicos. A população também poderá visitar o Museu Penitenciário a partir de 2011.

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