As obras do Museu de Geologia e Paleontologia do Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, já foram concluídas pelo governo do Paraná. Para a inauguração, restam apenas alguns acabamentos. A Mineropar, empresa pública vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, coordena a implantação da obra. A área de exposição do museu tem 2.400 metros quadrados, enquanto que a área total é de 4 mil metros quadrados. O governo investiu cerca de R$ 2,7 milhões na edificação dos três módulos que integram o espaço. Segundo o diretor-presidente da Mineropar, Eduardo Salamuni, são necessários mais R$ 4,5 milhões para a implantação expositiva do museu, que serão captados junto ao Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, e de patrocínios como o da Petrobrás. Além dos módulos destinados às exposições geológicas e paleontológicas, o museu tem um auditório com capacidade para 100 pessoas, destinado a palestras e projeções, sala de informática e uma biblioteca que permitirá o acesso a pesquisas na área de Geociências. As obras do museu contemplam, ainda, o acesso aos portadores de deficiência física, atendendo as exigências da legislação. SEGUNDA ETAPA – O especialista em Museologia, Maurício Cândido da Silva, fez um visita técnica às obras do museu e prepara o detalhamento do projeto executivo da exposição. O layout e o roteiro já estão prontos. Silva se reuniu também com o coordenador, idealizador e diretor-executivo do museu, respectivamente, o presidente da Mineropar, Eduardo Salamuni; o professor e geólogo, João José Bigarella; e o executivo da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Paulo Drabik, para acertar detalhes da implantação do museu. O especialista em Museologia explica que o projeto expositivo abrange o detalhamento de nomes, legendas, painéis, entre outros assuntos, e deve exigir de três a seis meses para ser concluído. Segundo Silva, a idéia é executar o projeto expositivo do museu em duas fases. Na primeira, será concretizada a infra-estrutura com a formação de uma equipe para executar o projeto expositivo, a confecção de réplicas na área de Paleontologia e a montagem de divisórias. “Seria interessante incluir nesta equipe, pessoas do Paraná que tenham capacidade para confeccionar todo esse material”, diz Silva. Na segunda fase, será realizado o acabamento da exposição, incluindo a confecção de filmes, cenários e dioramas (representação de paisagens antigas). Além disso, será construída uma maquete eletrônica do museu. EXPOSIÇÃO - O museu será um passeio pelo tempo e pelo espaço, partindo da origem do Universo até os dias de hoje. Entre as peças a serem confeccionadas, estão as réplicas de vulcões e de animais pré-históricos e paisagens sobre o aspecto geológico, em diferentes momentos da história até culminar com o ponto central, que é a formação de Vila Velha, e o fenômeno geológico que deu origem ao local, sempre associados à Geologia e Paleontologia. Para concretizar esse objetivo, serão utilizados recursos típicos de uma exposição científica. O museu contará ainda com um acervo de rochas e minerais, além de outro paleontológico num primeiro plano, que serão associadas aos cenários, filmes e maquetes, com textos explicativos e legendas. “A idéia é que o museu seja uma aula de Geologia e Paleontologia por meio de uma exposição”, explica Silva. O especialista Maurício Cândido da Silva já montou 26 exposições de características científicas, com destaque para o Ecomuseu de Itaipu e a exposição do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), onde é especialista em projetos de exposição de museus.