Museu de Arte Contemporânea expõe a pintura Moderna do Paraná

Abertura da mostra “Pintura Quase Sempre... e eles construíram a Modernidade no Paraná” acontece na quinta-feira (6), às 18h30
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04/05/2010 - 15:19
Editoria

Obras de artistas de destaque na Modernidade paranaense compõem a próxima exposição do Museu de Arte Contemporânea, espaço da Secretaria de Estado da Cultura em Curitiba. A abertura da mostra organizada pelo professor de História da Arte e Crítico de arte Fernando Bini, “Pintura Quase Sempre... e eles construíram a Modernidade no Paraná” acontece na próxima quinta-feira (6), às 18h30.
O crítico escolheu homenagear os artistas que, apesar de sempre ouvirem falar do fim da pintura, continuaram reaprendendo e renovando seus estilos: Ida Hannemann de Campos, Domicio Pedroso, Fernando Velloso, Antonio Arney, Fernando Calderari e João Osório Brzezinski. A exposição fica até o dia 13 de junho e a entrada é franca.
No início da fotografia, muitos falavam sobre o fim da pintura, mas não foi o que aconteceu. O nome da mostra é inspirado no livro de Sérgio Milliet (Globo, 1944), Pintura Quase Sempre, e contempla artistas que tem a pintura como história da própria vida. “A pintura não é mais só tela e pincel. A relação do artista com a obra foi profundamente modificada”, segundo Fernando Bini, o Movimento Moderno no Paraná que, além dos participantes da exposição, também teve forte influência de Guido Viaro e Poty Lazzarotto, foi ponto de partida para uma nova história da arte no Paraná.
Ida Hannemann de Campos
Nasceu em Curitiba, em 1922. Pintora, desenhista, tapeceira. Foi aluna de Guido Viaro de 1942 a 1944e freqüentou os cursos de gravura com Fernando Calderari e de escultura com Francisco Stockinger. Realizou mais de 10 exposições individuais, participou de 67 mostras coletivas no Brasil e exterior e de 32 salões oficiais. Dos prêmios recebidos destacam-se: medalha de bronze no 1º Salão Paranaense de Belas Artes (1944); aquisição nos Salões Paranaenses de 1960 e 1962; aquisição no 6º Salão de Arte Religiosa Brasileira. Realizou retrospectiva de sua obra na Biblioteca Pública do Paraná, em 1965.
Domicio Pedroso
Nasceu em Curitiba, em 1930. Iniciou seus estudos com Guido Viaro. Em 1952 formou-se pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Residiu em Paris de 1959 até 1962, participando de atividades artísticas locais. É um dos artistas mais premiados no Salão Paranaense. Suas obras fazem parte de inúmeras coleções e dos acervos do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu Oscar Niemeyer e Museu Metropolitano de Arte, ambos em Curitiba. Participou de mostras nos Estados Unidos, Alemanha, Suíça e Japão.
Fernando Velloso
Nasceu em Curitiba, em 1930. Formado pela primeira turma da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, em 1952. Teve como mestre Guido Viaro. No período de 1959 a 1961, fixou-se em Paris, onde estudou com André Lhote. Uma de saus teles está no acervo do Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris. Possui obras no Museu Nacional de Belas Artes, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu de Arte Moderna de Florianópolis, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu Oscar Niemeyer e Museu Metropolitano de Arte, em Curitiba. Participou de mostras na França, Suíça, Estados Unidos, China, México e Paraguai.
Antonio Arney
Nasceu em Piraquara, Paraná, em 1926. Autodidata. Em Curitiba, frequentou o Círculo de Artes Plásticas do Paraná. Suas obras fazem parte do Acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu Oscar Niemeyer e Museu Metropolitano de Artes, em Curitiba e do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Exposições individuais: 1966 – Galeria Cocaco, Curitiba; 1975 – Fundação Cultural de Curitiba; 1976 e 2003 – Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Participou de várias mostras coletivas e salões oficiais destacando-se a Sala Especial na XI Bienal de Salão Paulo em 1971. Panorama da Arte atual Brasileira no MASP, São Paulo. Prêmio de aquisição em 1971 e 1974 no Salão Paranaense.
Fernando Calderari
Nasceu na Lapa, Paraná, em 1939. Formou-se em pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. É considerado um dos introdutores do abstracionismo no Paraná. Orientado por Viaro e Erbo Stenzel, estagiou ainda no Atelier de gravura em metal do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1963). Vem atuando como professor na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em desenho, gravura, pintura, teoria da conservação e restauração. Realizou diversas mostras individuais e participou de Salões Oficiais em Curitiba, São Paulo, Porto Alegre e Brasília.
João Osório Brzezinski
Nasceu em Castro, Paraná, em 1941. Pintor e desenhista. Frequentou a Escolinha de Arte do Colégio Estadual do Paraná (1958). Ingressou na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, formou-se em Pintura (1962). Em 1968, assumiu a vaga de professor deixada por Guido Viaro, na EMBAP, com a Cadeira de Desenho de Modelo Vivo. Em 1982, ingressou no Departamento de Arte da Universidade Federal do Paraná. Incursionado pelas artes gráficas, criou cartazes, símbolos e capas de livros. Realizou inúmeras exposições individuais e ganhou mais de 30 prêmios oficiais no país.
FOTOS E INSTALAÇÕES - Os artistas Paulo Nazareth, Renata Cruz e Renata Ursaia inauguram suas exposições na próxima quinta-feira, dia 06 de maio, às 18h30, no Museu de Arte Contemporânea (Rua Des. Westphalen, 16) da Secretaria de Estado da Cultura. Até o dia 13 de junho, quem visitar o espaço poderá conferir as fotografias de Paulo Nazareth, na mostra Diante da Dúvida de Nomear o que Vejo e de Renata Ursaia, responsável por O Amestrador. Além da instalação de Renata Cruz, Fuga. A entrada é franca.
A ideia da mostra de Renata Ursaia, O Amestrador, é fotografar a cultura e a paisagem ao mesmo tempo. “É mostrar a interferência humana na natureza e a busca para se destacar nesse mundo natural”, define a artista. Renata Ursaia está no mundo da fotografia desde os 11 anos, quando deu um de seus primeiros cliques. Formou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e já fotografou para revistas como a Veja São Paulo e outras.
Diante da Dúvida de Nomear o que Vejo é a melhor definição do que Paulo Nazareth sente, pois, para ele, a arte está em todos os lugares, em todas as coisas e pode ser feita por qualquer pessoa. “Acho que as coisas estão no mundo e por mais que se queira não podemos isolá-las”, considera. Assim nascem as diversas fotografias do artista, que retrata os lugares por onde passa e as coisas que vê. Ele é bacharel em Desenho e Gravura pela Escola de Belas Artes da UFMG e licenciando em desenho e plástica pela mesma instituição. Também estuda Lingüística pela Faculdade de Letras da UFMG.
Móveis, livros e muita cor são elementos básicos na instalação Fuga. Desde 2007, quando teve a ideia inicial, Renata Cruz está trabalhando na exposição. Fuga já foi exposta na Funarte, no final de 2009, mas a maior parte vem inédita para a mostra que inaugura quinta-feira (06). A artista faz maquetes, fotografa e transforma essas imagens em livros que são utilizados na instalação. Baseado no imaginário infantil, o que justifica o colorido, ela explica que a ideia é retratar o transbordar das informações dos livros, onde tudo foge dele e vai mundo afora.
Na década de 80 Renata Cruz se formou em Comunicação Visual (Unesp) e Educação Artística (Unaerp). De 1991 a 1993, teve aulas na Facultad de Bellas Artes de la Universidad Autónoma de Madrid, na Espanha e é pós-graduada em Arte Integrativa (2002/2003 – SP).
Pintura Quase Sempre... e eles construíram a Modernidade no Paraná. Abertura quinta-feira, dia 06 de maio de 2010, às 18h30, no Museu de Arte Contemporânea (Rua Des. Westphalen, 16). Horário de visitação: terça a sexta-feira, das 10h às 19h. Sábado, domingo e feriado, das 10h às 16h. A exposição permanece aberta até 13 de junho. Entrada franca.