Museu Oscar Niemeyer reverte saldo de projetos em novas obras para o acervo

O saldo restante de três exposições realizadas, entre 2007 e 2008, com recursos da Lei Rouanet, foi revertido na aquisisão de quatro obras, incorporadas ao acervo do Museu Oscar Niemeyer, com autorização do Ministério da Cultura (MINC).
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10/02/2010 - 18:20
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O saldo restante de três exposições realizadas, entre 2007 e 2008, com recursos da Lei Rouanet, foi revertido na aquisisão de quatro obras, incorporadas ao acervo do Museu Oscar Niemeyer, com autorização do Ministério da Cultura (MINC). Curadores, consultores e outros especialistas em arte auxiliaram na compra de duas pinturas de Alfredo Volpi, uma de Iberê e uma de Torres Garcia. 
“Foram mais de dois anos de negociação para que o Ministério autorizasse as compras com os saldos dos respectivos projetos. Acho que essa é uma importante conquista pela nossa direção, como resultado positivo de uma boa administração dos recursos públicos”, afirmou a secretária especial para coordenação do Museu Oscar Niemeyer, Maristela Quarenghi de Mello e Silva. A norma determina que o saldo de projetos seja devolvido ao Fundo Nacional da Cultura. As obras estão expostas na mostra do Acervo do Museu, em exibição no Olho. 
Mastros e Velas é o título da pintura de Alfredo Volpi, que data do começo da década de 1970, realizada com a técnica de têmpera sobre tela. As obras de Iberê – Mulher (1989) e Dados (1982) – são em óleo sobre tela. E Adão e Eva (1927) é o título da obra do pintor uruguaio Torres Garcia. Para especialistas, o grande desafio na aquisição de trabalhos de artistas reconhecidos é encontrar no mercado obras de boa qualidade e de períodos importantes desses artistas. 
AMPLIAÇÃO – O projeto de ampliação do acervo teve início em 2003. Até agora, já foram incorporadas à coleção inicial mais de 450 obras, por meio de doações e aquisições. Atualmente, uma equipe técnica do Museu finaliza o processo de inventário do acervo, hoje com aproximadamente 2,3 mil trabalhos, entre pinturas, desenhos, esculturas, gravuras e peças de design. 
Alfredo Andersen, Amélia Toledo, Andy Warhol, Antonio Poteiro, Arcângelo Ianelli, Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Di Cavalcanti, Flávio Shiró, Francisco Brennand, Francisco Stockinger, Franz Weissmann, Gilvan Samico, Iberê Camargo, Inimá de Paula, Joaquim Torres Garcia, José Pancetti, Josef Albers, Maria Bonomi, Miguel Bakun, Nelson Leirner, Niobe Xandó, Oscar Niemeyer e Siron Franco são alguns dos artistas que tiveram suas obras incorporadas ao acervo no período. 
VISITANTES - Em pouco mais de seis anos de atividade ininterrupta, o Museu Oscar Niemeyer alcançou a marca de um milhão de visitantes. Nesse período, soma 155 exposições realizadas, sendo 103 nacionais, 45 internacionais e sete itinerantes, que são produções do Museu, com obras de acervo exibidas em outras cidades e no exterior. Para a direção, alcançar essa marca de público indica que a instituição consolidou “programação de qualidade”, capaz de atrair visitantes para ver mostras antes restritas ao eixo Rio-São Paulo ou exibidas somente no exterior. 
Rembrandt, Dadaísmo e Surrealismo, Eternos Tesouros do Japão, Fluxus na Alemanha, Cícero Dias, Lichtenstein, Tápies, Droog Design, Picasso, Guignard, Tarsila, Volpi, Poty, OsGemeos, Bacon, Freud e Moore, Autocromos Lumiére, Portinari e dezenas de outras figuram entre as exposições memoráveis já apresentadas em Curitiba. Programação que é alicerçada por atividades artísticas e pedagógicas aplicadas pela Ação Educativa, que chega a receber gratuitamente até 400 crianças ao dia. Visitantes que entram por meio do programa de franquias, direcionado a estudantes e famílias de baixa renda, o qual isenta do pagamento menores de 12 anos, maiores de 60 anos, grupos agendados de inclusão, de escolas públicas, do ensino médio e fundamental, e no primeiro domingo do mês, para o público em geral.

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