O Museu Oscar Niemeyer abre para o público na próxima terça-feira (30), às 19 horas, a mostra com 70 obras de Leonor Botteri (1916-1998), que conta com o patrocínio da Copel, Compagas e BRDE e o apoio do Ministério da Cultura, Governo do Paraná e Caixa Econômica Federal. A mostra segue até o dia 3 de abril de 2011.
Em uma seleção que revela ainda a qualidade e a intensidade de uma obra quase toda inédita, singular, que enriquece a história da arte paranaense e brasileira, Leonor se mostra introspectiva e meditativa. “Botteri foi aos recônditos da solidão para construir uma pintura situada entre o expressionismo e a pintura metafísica”, analisa a curadora Maria José Justino.
Segundo ela, a ambientação de suas obras, frequentemente, exibe tons sóbrios e escuros. Assim como expressa predileção pela produção de retratos, autorretratos e naturezas-mortas. Temáticas que são enfatizadas nesta exposição, que encerra a Série Artistas Paranaenses em 2010.
A ARTISTA - Na Curitiba dos anos quarenta, a entrada da mulher na arte era um
desafio. Idêntico era desenvolver uma linguagem própria, sobretudo em um ambiente ainda preso aos moldes acadêmicos. Leonor Botteri venceu esses desafios. Sob a orientação do mestre Guido Viaro, a artista teceu seu próprio caminho. Desenvolveu o desenho e aprofundou-se na pintura, “nunca acadêmica”.
“Toda a sua pintura, em especial os autorretratos, cria um intervalo entre visível e invisível, e é nesse intervalo que nasce o sentido”, define a curadora sobre parte da obra da artista paranaense. Maria José diz que a pintura de Botteri é esse “ser que vacila, nunca concluída, entreaberta, instalada no limiar do acontecimento”. Em seu texto de apresentação, a curadora afirma ainda que a pintura de Botteri é “toda ela alheia ao mundo cotidiano”.
Maria José lembra que Viaro falava sobre a necessidade da pintora de fugir aos embates. “Sem dúvida, quem a conheceu lembra-se de como era tímida e reservada.” Para ela, em Botteri, vida e olha dialogam, “quase que se fundem”. Em seu ateliê se “exalava liberdade” e trocava energia com seus alunos, crescendo e fazendo crescer. “Ainda que os retratos de Botteri são sombrios. “É possível dizer que toda a sua pintura parece ser feita à luz de gás, luz noturna, escura; uma pintura sem vida diurna”. Para ela, a artista se permite um pouco de luz e cor, principalmente nos retratos de Elizabeth, “alguns roçando o impressionismo”. Com isto, Botteri desenvolveu o desenho e aprofundou-se na pintura”, tendo toda sua obra sido tecida da intimidade.
Por isso, a pintora teria se voltado aos autorretratos e às naturezas-mortas. “As naturezas são silenciosas, não há gritos, mas sussurros, sons articulados e inarticulados. O autorretrato é uma conversa com a intimidade, um gênero bastante apropriado a uma alma recatada, que não se sente à vontade na ação”, analisa a curadora.
Serviço: O silêncio e a solidão da pintura de Leonor Botteri
Patrocínio: Copel, Compagas e BRDE
Apoio: Ministério da Cultura, Governo do Paraná e Caixa
Visitação: de 30 de novembro a 03 de abril 2011
Local: Museu Oscar Niemeyer – rua Marechal Hermes, 999
Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h
* Venda de ingressos até 17h30. R$ 4,00 inteira e R$ 2,00 estudantes com carteirinha e
gratuito para grupos agendados da rede pública do ensino médio e fundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.
Em uma seleção que revela ainda a qualidade e a intensidade de uma obra quase toda inédita, singular, que enriquece a história da arte paranaense e brasileira, Leonor se mostra introspectiva e meditativa. “Botteri foi aos recônditos da solidão para construir uma pintura situada entre o expressionismo e a pintura metafísica”, analisa a curadora Maria José Justino.
Segundo ela, a ambientação de suas obras, frequentemente, exibe tons sóbrios e escuros. Assim como expressa predileção pela produção de retratos, autorretratos e naturezas-mortas. Temáticas que são enfatizadas nesta exposição, que encerra a Série Artistas Paranaenses em 2010.
A ARTISTA - Na Curitiba dos anos quarenta, a entrada da mulher na arte era um
desafio. Idêntico era desenvolver uma linguagem própria, sobretudo em um ambiente ainda preso aos moldes acadêmicos. Leonor Botteri venceu esses desafios. Sob a orientação do mestre Guido Viaro, a artista teceu seu próprio caminho. Desenvolveu o desenho e aprofundou-se na pintura, “nunca acadêmica”.
“Toda a sua pintura, em especial os autorretratos, cria um intervalo entre visível e invisível, e é nesse intervalo que nasce o sentido”, define a curadora sobre parte da obra da artista paranaense. Maria José diz que a pintura de Botteri é esse “ser que vacila, nunca concluída, entreaberta, instalada no limiar do acontecimento”. Em seu texto de apresentação, a curadora afirma ainda que a pintura de Botteri é “toda ela alheia ao mundo cotidiano”.
Maria José lembra que Viaro falava sobre a necessidade da pintora de fugir aos embates. “Sem dúvida, quem a conheceu lembra-se de como era tímida e reservada.” Para ela, em Botteri, vida e olha dialogam, “quase que se fundem”. Em seu ateliê se “exalava liberdade” e trocava energia com seus alunos, crescendo e fazendo crescer. “Ainda que os retratos de Botteri são sombrios. “É possível dizer que toda a sua pintura parece ser feita à luz de gás, luz noturna, escura; uma pintura sem vida diurna”. Para ela, a artista se permite um pouco de luz e cor, principalmente nos retratos de Elizabeth, “alguns roçando o impressionismo”. Com isto, Botteri desenvolveu o desenho e aprofundou-se na pintura”, tendo toda sua obra sido tecida da intimidade.
Por isso, a pintora teria se voltado aos autorretratos e às naturezas-mortas. “As naturezas são silenciosas, não há gritos, mas sussurros, sons articulados e inarticulados. O autorretrato é uma conversa com a intimidade, um gênero bastante apropriado a uma alma recatada, que não se sente à vontade na ação”, analisa a curadora.
Serviço: O silêncio e a solidão da pintura de Leonor Botteri
Patrocínio: Copel, Compagas e BRDE
Apoio: Ministério da Cultura, Governo do Paraná e Caixa
Visitação: de 30 de novembro a 03 de abril 2011
Local: Museu Oscar Niemeyer – rua Marechal Hermes, 999
Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h
* Venda de ingressos até 17h30. R$ 4,00 inteira e R$ 2,00 estudantes com carteirinha e
gratuito para grupos agendados da rede pública do ensino médio e fundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.