Museu Oscar Niemeyer abre exposição Marinhas – Arqueologia da Morte

O fotógrafo Orlando Azevedo (1949) produz marinhas em que animais mortos e objetos em deterioração são recolhidos como “náufragos da existência”
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18/08/2010 - 12:50
Editoria

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O Museu Oscar Niemeyer abre nesta quinta (19), às 19h, a exposição Marinhas – Arqueologia da Morte. Há anos o fotógrafo Orlando Azevedo (1949) produz marinhas, denominadas arqueologia da morte, em que animais mortos e objetos em deterioração são recolhidos como “náufragos da existência”, como define o próprio autor. Trata-se de um olhar da morte como “a grande viagem da passagem e da vida”, na qual a fotografia, em resgate da memória, promove a “ressurreição da extinção”.
A mostra tem o patrocínio da HP – Brasil e Canson Infinity Brasil – Indústria de Papéis Especiais e o apoio do Governo do Paraná, Secretaria de Estado da Cultura e da Caixa Econômica Federal. A exposição é composta por 33 imagens (1m x 1,30m), produzidas em papel canson rag photographique, papel branco, 100% algodão.
A historiadora portuguesa Maria do Carmo Séren explica que esta arqueologia de Orlando Azevedo reconstitui o que foi a vida e o que foi desejo, porque “insinua que o tempo foi interrompido, que a morte evidente dos restos apela para a vida que foi”. Por outro lado, o fotógrafo admite que estabelece também uma “determinada e intencional ironia e crítica às acadêmicas marinhas”, no universo das artes plásticas. “As imagens possuem como não poderia deixar de ser um mergulho no ciclo da transformação e sua poética.”
Serviço:
Visitação: de 19 de agosto a 21 de novembro 2010
Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes, 999
Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h
R$ 4,00 inteira e R$ 2,00 estudantes, com carteirinha
Gratuito para grupos agendados da rede pública, do ensino médio e fundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.

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