Museu Oscar Niemeyer abre a exposição
Carlos Bracher – Um Resistente da Pintura

Abertura acontece neste sábado (12) e das 10h às 12h a bilheteria estará franqueada ao público
Publicação
10/06/2010 - 15:01
Editoria
Com mais de 50 anos dedicados à pintura, o mineiro de Juiz de Fora Carlos Bracher (1940) “atravessou com bravura os anos adversos” em que a pintura caiu em desprestígio, como explica o amigo e curador da mostra Olívio Tavares. Sem nunca ter aderido a nenhum movimento vanguardista, com propostas de utilização de novas técnicas, suportes e mídias, Bracher permaneceu fiel ao uso de telas, tintas, pincéis e cores. O Museu Oscar Niemeyer abre neste sábado (12), às 11h, a exposição Carlos Bracher – Um Resistente da Pintura. Das 10h às 12h, a bilheteria estará franqueada ao público.
As 79 obras em exibição retratam o universo da pintura de Bracher, com o patrocínio do BRDE e Sanepar e o apoio do Ministério da Cultura, do Governo do Paraná e da Caixa Econômica Federal. Inspirado em Van Gogh, por quem tem grande admiração, o artista mineiro produziu uma série de 100 obras em homenagem à passagem do centenário da morte do gênio holandês.
“Dos anos 1960 em diante, as novas linguagens da vanguarda, a partir da arte conceitual – que propôs abolir o objeto –, e, logo, com as instalações, performances, happenings, videoarte etc, decretaram que a pintura estava superada. Indiferente ao desprestígio dos pintores, especialmente nos anos 1970 e com maior força na Europa e nos Estados Unidos, o artista continuou a pintar.
Com esta retrospectiva é possível confirmar, com a “festa de cores” de Carlos Bracher, o que disse Olívio Tavares: a observação retrospectiva da produção pictórica de Bracher é um dos argumentos, uma das provas conclusivas de que todas as técnicas e linguagens, quando sabiamente usadas, estão destinadas à permanência.
O mineiro recebeu as noções básicas de pintura com o tio, Frederico Bracher Júnior, que era um competente pintor acadêmico. Mas foi o temperamento determinado e autodidata que fez com que o artista amadurecesse e se dedicasse integralmente à pintura. “Bracher entende a arte como uma missão a cumprir e jamais pensaria em se dedicar à outra coisa”, analisa o curador.
Para Tavares, o que primeiro chama a atenção na produção do artista é a voluntária expressividade de sua linguagem dramática, enfática e barroca. “Não é sem motivo que ele escolheu morar na cidade barroca de Ouro Preto. Pode-se dizer que, no fundo, Carlos Bracher é um artista inteiramente romântico, o romântico possível, em pleno século 21”, afirma.


Bracher -Um Resistente da Pintura
Patrocínios: BRDE e SANEPAR
Apoios: Governo do Paraná. Ministério da Cultura e Caixa
Visitação: 12 de junho a 29 de agosto
Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes, 999
Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h
R$ 4,00 inteira e R$ 2,00 estudantes, com carteirinha
Gratuito para grupos agendados da rede pública, do ensino médio e fundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.

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