Museu Alfredo Andersen inaugura cinco exposições

As exposições permanecem no Museu até o dia 24 de outubro e a entrada é franca
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16/08/2010 - 15:20
Editoria

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O Museu Alfredo Andersen, espaço da Secretaria estadual da Cultura, abre nesta quinta-feira (19), às 18h30, cinco exposições. Homenageando Alfredo Andersen em seus tempos de professor, inaugura as mostras O Precursor do Ensino na Arte do Paraná e Projeto Andersen na Escola. Utilizando materiais como óleos, acrílicos, lápis e papéis colados sobre tela, Rones Dumke expõe suas obras em A Arte Silenciosa de Rones Dumke. A artista Soraia Savaris apresenta suas peças de cerâmica produzidas nos últimos três anos na exposição Ser Fruto. Além do artista Osvaldo Gaia, do Pará, com a mostra Percepção. As exposições permanecem no Museu até o dia 24 de outubro e a entrada é franca.
Como parte das comemorações dos 150 anos de Alfredo Andersen, o museu que carrega seu nome inaugura a exposição O Precursor do Ensino na Arte do Paraná, que traz fotos e obras do artista nos tempos em que lecionava. Além das suas aulas no atelier, Andersen desde o início ensinava desenho na Escola Alemã e no Colégio Paranaense. Em 1909, a convite da direção da Escola de Artes e Indústrias, inicia um curso de desenho e, por volta de 1914, já tinha dado aula para mais de três mil crianças e adultos.
Ainda homenageando Alfredo Andersen como professor, o Projeto Andersen na Escola é formado por uma seleção de obras de alunos de diversas escolas que visitam o Museu em períodos letivos, participam de oficinas e conhecem um pouco mais sobre a história e estilo do artista, agregando conhecimentos em um ambiente diferente do escolar.
DUMKE - Para a exposição A Arte Silenciosa de Rones Dumke, o artista selecionou três séries de obras que traduzem sua trajetória artística. A primeira é a série Geometria do Silêncio, que constitui uma síntese das lições recebidas dos surrealistas, metafísicos italianos e dos construtivistas russos. “A bela cabeça de Antínoo está lá, aureolada por um nimbo luminoso. A Vênus de nádegas luxuriosas habita um triângulo negro na obra o Teorema do Mar. Hermes encontra-se suspenso vagando encerrado em sua caixa preta”, descreve Dumke.
Segundo o artista, o ponto de partida para o desenvolvimento da série Calidoscópio do Sonho foi a construção da imagem na qual um personagem voa virtualmente com uma cadeira. Já a ideia da última série, Aparições, surgiu de um sonho de Dumke, que tinha como protagonistas mulheres selvagens do antigo mundo grego.
CERÂMICA - Soraia Savaris trabalha com cerâmica desde 1992 e agora, em sua segunda mostra individual, ela percebe o amadurecimento de suas obras. Nas anteriores, a artista utilizou temáticas de casulos e lágrimas, que considera as sementes do fruto que acaba de nascer, a exposição Ser Fruto. São três salas com poucas peças, para que, de acordo com Soraia, o visitante possa sentir a energia do ambiente.
Na primeira sala são mais ou menos sete peças entre paredes e chão, que representam pinhas e gomos de frutas cortadas, feitas em vários tons de argila. Representando frutos que nascem do chão, a segunda sala é composta por uma montagem com nove peças, todas em cerâmica esmaltada. A terceira sala é coberta por um tecido preto, com várias peças brancas penduradas, contrastando as cores.
GAIA - A exposição Percepção, do artista paraense Osvaldo Gaia, é dividida em três salas. Gaia acredita que a natureza o inspira para todos os trabalhos que produz. Por isso, se preocupa com a preservação dela. Em um dos espaços, uma instalação representa um espinhal, objeto utilizado por pescadores para aumentar o número de anzóis, e, em volta disso, fósseis de peixes. “Isso é para que as pessoas percebam que a preservação é essencial, caso contrário, só restarão os fósseis”, explica Gaia.
A exposição também conta com desenhos, pinturas e esculturas, com várias peças inéditas. O artista já expôs em galerias internacionais e, agora, apresenta sua primeira mostra individual em Curitiba.
Serviço:
Abertura dia 19, às 18h30 no Museu Alfredo Andersen (Rua Mateus Leme, 336), em Curitiba. Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h. A exposição fica até o dia 24 de outubro e a entrada é gratuita.

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