Museu Alfredo Andersen apresenta três exposições

Cartas de Andersen, trabalho com fotografia e aquarela e releitura de obras fazem parte das mostras
Publicação
30/06/2009 - 17:16
Editoria
Três novas exposições são apresentadas no Museu Alfredo Andersen (Rua Mateus Leme, 336), a partir desta quarta-feira (01). Correspondências revela ao público o conteúdo de cartas escritas a amigos e familiares de Andersen. Vestígios do tempo reúne aquarelas impressas em painéis e instalação da artista plástica Maria de Francisco. No mesmo local acontece também a mostra Despojos de um Brancaleone com releituras dos trabalhos de Cláudio Boczon. As exposições têm entrada franca e permanecem abertas até 16 de agosto. Na mostra Correspondências são expostas as cartas de Alfredo Andersen do acervo do museu. O artista escrevia cartas ainda na sua terra natal, a Noruega, quando, muito jovem, se ausentou de casa para se dedicar aos seus ideais e estudar Arte na Academia Real de Copenhagen - Dinamarca. Em sua trajetória esse hábito se consolidou. As cartas contam seus anseios e desejos e trazem informações sobre sua vida e sobre seu trabalho. São muitos e diversos os assuntos abordados nas correspondências, que fazem parte do acervo do Museu e também de colecionadores. Alfredo Andersen também fotografava suas obras e as imprimia em “bilhetes-postais” a fim de divulgar sua produção artística. Também estão na exposição a coleção de postais de Andersen. TEMPO – Há muito tempo trabalhando com diferentes técnicas de aquarela, Maria de Francisco possui olhar apurado para as delicadas tonalidades de passagem de uma cor para outra. Ao observar as inúmeras fotografias de pisos de mármore que tirou em suas viagens pelo mundo, ela percebeu sua constante fascinação pelas manchas e decidiu usar esses registros como base para estudos de gamas de representação em aquarela. Ampliando as manchas de cor que fotografou, Maria concebeu trabalhos abstratos em aquarela que mostram os fluxos de transformação pelos quais a natureza e os materiais passaram com os anos. A exposição Vestígios do Tempo reúne 32 pranchas de aquarela em tamanho A3 e sete dessas ampliadas para 1,20m x 90cm, impressas em plotter, essas imagens são usadas para compor uma instalação. O objetivo da mostra é trazer a público, por meio da representação em aquarela, o fascínio que os diferentes matizes causaram na artista. “Eu estou transportando de maneira pictórica o mármore para a parede”. DESPOJOS – Na mostra do artista Cláudio Boczon são expostos 20 trabalhos que incluem técnicas diferenciadas de pintura, colagem e monotipia. Por meio do abstracionismo Cláudio traz a proposta de recriar, em cima de obras antigas, novas formas de expressão subjetivas. O artista explica que, ao longo do tempo, muitas obras se acumulam no ateliê, e já não possuem mais uma colocação, mas não podem ser descartadas. De acordo com Cláudio é preciso exercitar o desapego de suas criações e transmutá-las. “O tempo confere aos trabalhos que acabam por permanecer no ateliê alguns desgastes, sejam eles físicos ou conceituais e, constantemente, este pretenso ‘criador’, ao olhar a seu redor, considera a necessidade do redesenho de algumas de suas ‘criaturas’ - se não como poética, pelo menos enquanto forma”. Claúdio costuma produzir trabalhos em série, e são dessas séries que foram retiradas obras para formar uma compilação inédita que tem a temática de uma jornada “quixotesca” de resgate por entre seus trabalhos. Serviço: Exposições Correspondências de Andersen, com cartas de Alfredo Andersen, Vestígios do Tempo, de Maria de Francisco e Despojos de um Brancaleone, de Claúdio Boczon, no Museu Alfredo Andersen (Rua Mateus Leme, 336 – Tel: 41-3222-8262). Abertura quarta-feira, dia 1.º de julho, às 18h30 horas. Horário de funcionamento: de terça a sexta-feira, das 9 horas às 18h30, e sábados, domingos e feriados das 10h às 16 horas. Entrada franca. As exposições permanecem até 16 de agosto.

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