Motos deixam de pagar pedágio no Paraná a partir desta terça-feira

Concessionárias já estão sendo informadas pelo DER sobre a sua vigência da nova lei
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18/12/2007 - 15:37
Editoria
Motocicletas e similares já estão isentas do pagamento de pedágio no Paraná, a partir desta terça-feira (18). A lei 15.722 foi publicada no Diário Oficial n.º 7.615 e as empresas que administram os 2,5 mil quilômetros de rodovias concessionadas já estão sendo informadas pelo DER sobre a sua vigência. De acordo com dados do Detran, somente no Paraná, 606.825 veículos poderão ser beneficiados pela lei estadual. “O DER já mobilizou suas equipes em Curitiba e no interior do Estado para acompanhar o cumprimento da lei”, reforçou o secretário dos Transportes, Rogério W. Tizzot. O anúncio do início da isenção foi comemorado pelo Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Veículos, Motonetas, Motocicletas e Similares de Curitiba e Região Metropolitana (Sintramotos). O presidente da entidade, Tito Mori, disse que a isenção vai ampliar as discussões em torno da necessidade real do pedágio e vai trazer benefícios como a melhoria dos ganhos e o aumento de rotas de trabalho “Esta briga não é só do Governo ou do governador. É de toda a comunidade. O pedágio hoje é uma grande injustiça, tira de muitos para garantir o lucro de poucos”, afirmou. “O dinheiro que o motoboy – principalmente nas cidades do interior - vai deixar de pegar no pedágio vai direto para a mesa da família dele”, completou. Tito lembrou que a implantação do pedágio diminuiu as rotas de entregas dos caminhoneiros de Curitiba, principalmente para as cidades do Litoral e para a região de Campo Largo. “Com a isenção vamos voltar a trabalhar nesses trechos”, afirmou. LEI – O deputado estadual Mauro Moraes, um dos autores da lei, justificou a proposta afirmando que as concessionárias de pedágio faturam muito às custas dos motociclistas. “Está havendo enriquecimento ilícito por parte das empresas. As motos não causam desgaste às estradas; não há motivo para essas absurdas tarifas”, argumentou. Segundo o parlamentar, quem usa moto para ir e voltar do Litoral gasta mais em pedágio que em combustível. “Há uma enorme distorção”, afirmou. A tarifa cobrada de moto pela concessionária Ecovia – que administra a rodovia que vai até o Litoral – é de R$ 5,70, ou seja, em uma viagem de ida e volta, o motociclista gasta R$ 11,40. DEMORA - Além da questão financeira, o deputado lembrou que a cobrança de pedágio das motos cria situações de engarrafamento e diminui a velocidade de atendimento das cabines. “Existe o problema da cobrança da moto demorar mais tempo nos guichês de cobrança. O motociclista tem que estacionar a moto, tirar o capacete, as luvas e depois colocar tudo. É uma situação que, em épocas de movimento, causa engarrafamentos e atrapalha a viagem dos outros motoristas”, finalizou.

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