Motoristas comemoram lei que isenta pedágio


Em São José dos Pinhais, um dos 27 municípios incluídos da isenção, motoristas destacam a economia
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28/08/2007 - 15:19
Editoria
O caminhoneiro Edgar Fuerbringer já não se lembrava quando havia sido a última vez que pôde carregar suas cargas para o litoral do Paraná sem pagar pedágio. Desde o início da cobrança, em junho de 1998, até esta terça-feira (28), data em que entrou em vigor a lei que isenta do pagamento da tarifa os veículos emplacados nas cidades onde estão localizadas as praças, já se vão quase 10 anos de gastos quase que diariamente. Dirigindo o próprio caminhão - com placa de São José dos Pinhais - Fuerbringer contou que costuma utilizar a BR-277 cerca de 20 vezes por mês, realizando entregas de telhas nas cidades litorâneas. “Uso a estrada para trabalhar quase todos os dias. Vou usar a economia que tiver para investir no meu caminhão e poderei cobrar menos no frete, o que pode trazer mais clientes”, destacou. O exemplo do caminhoneiro de São José dos Pinhais é apenas um dentre os motoristas de cerca de 430 mil veículos que foram beneficiados com a isenção do pedágio. Para ter direito ao não pagamento da tarifa, o veículo tem que possuir placa da cidade onde está a praça. A lei estadual também foi comemorada pelo empresário Moacir de Oliveira. Proprietário de uma borracharia localizada no centro de São José dos Pinhais, ele contou que a nova medida vai ampliar sua clientela. “Antes nós deixávamos de atender certas localidades por causa do preço do pedágio. O comércio da cidade vai ser favorecido em 100%”, calcula. O mesmo entusiasmo observado em Moacir foi verificado com o proprietário de uma loja de autopeças, Valdomiro de Barros José. Segundo ele, a isenção vai eliminar os desvios que os trabalhadores e moradores da cidade tinham que fazer para ir às cidades litorâneas. Valdomiro criticou o valor do preço cobrado pela concessionária. Para ele, se os valores fossem inferiores talvez não houvesse necessidade da lei de isenção. “Sou contra o valor. Cinco reais seriam um preço bem pago, até um pouco caro, mas bem pago. Agora, cobrar este valor (R$ 10,90) pegando uma rodovia pronta e apenas pintando e roçando é abusivo demais”, reforçou. O taxista de São José dos Pinhais, João Queris, criticou as argumentações das concessionárias de que com a isenção as tarifas podem subir para os outros usuários das rodovias pedagiadas. “Eles arrecadam muito. A concessionária tinha que ver o prejuízo que ela dá ao governo e à população, porque só pegar o asfalto pronto e explorar esses valores é muito fácil”. Morador da cidade há seis anos, João é mais um que acredita que o comércio das cidades isentas pelo pedágio vai ser fortalecido. “Vai ficar bom para todo mundo que mora em São José e nos outros 27 municípios que têm praças de pedágio”, completou.

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