O secretário de Floresta do Estado do Acre, Carlos Rezende, visitou a Secretaria de Trabalho, Emprego e Promoção Social do Paraná (Setp) nesta terça-feira (23) para conhecer as ações desenvolvidas na área de economia solidária. O objetivo é levar para o Norte do país as experiências paranaenses de sucesso. De acordo com Rezende, a escolha pelo Paraná foi feita pelos bons resultados obtidos pelo Estado no desenvolvimento de empreendimentos baseados no princípio do trabalho coletivo. “O Paraná tem destaque no cenário nacional em geração de empregos e o princípio da economia solidária é muito interessante neste sentido. Viemos aqui para trocar idéias e experiências”, disse. Durante o encontro, foram debatidas formas de aliar desenvolvimento econômico e preservação do ecossistema local, já que o Acre tem vegetação predominantemente composta pela mata da Floresta Amazônica. Rezende e sua equipe técnica foram recebidos pelo chefe do gabinete da Setp, Braz Alves, que representou o secretário Nelson Garcia. “Nossos desafios são diferentes, mas a intenção é a mesma: melhorar a qualidade de vida dos mais pobres e garantir emprego e renda. A orientação do secretário Garcia e do governador Roberto Requião é que os grupos de economia solidária no Paraná recebam todo o acompanhamento necessário antes mesmo da criação da cooperativa”, explicou Alves. Adilson Stuzata, coordenador do programa no Estado, conta que o modelo paranaense oferece capacitação dos cooperados, além de ajuda técnica com a parte jurídica e administrativa do novo negócio. “O Governo do Paraná investe na qualificação e também em programas sociais que garantem a comercialização integral da produção”, explica. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária (SIES), existem hoje no Estado cerca de 800 empreendimentos de economia solidária. Em todo o Brasil, são 21.859 iniciativas baseadas no princípio, que geram emprego e renda para 1.687.496 pessoas. ECONOMIA SOLIDÁRIA: São práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas populares e associações. Os empreendimentos realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário, constituindo-se numa resposta da sociedade civil à crise das relações de trabalho e ao aumento da exclusão social. Tem como características centrais o trabalho e divisão coletiva dos lucros, democracia interna e subordinação do trabalho às necessidades dos trabalhadores.