Mesmo com os números negativos da pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), relativos ao mês de dezembro, quando o país perdeu mais de 650 mil empregos formais, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, manteve a previsão de 1,5 milhão de novas vagas para 2009.
Segundo ele, em janeiro e fevereiro a empregabilidade ainda estará frágil. “Mas em março o mercado de trabalho voltará a crescer no país”, calcula.
Em 2008 foram gerados 1.452.204 empregos formais no Brasil, o que representou um crescimento de 5,01% no estoque de assalariados celetista em relação a dezembro de 2007. Em termos absolutos, este foi o terceiro melhor resultado da série histórica do Caged. Os recordes anteriores foram em 2007 (1.617.392 postos) e 2004 (1.523.276 postos).
No último mês do ano, foram fechados 654.946 postos no País. O Brasil possui hoje em estoque 30.418.394 trabalhadores formais. Desse total, 7.720.972 postos foram gerados só entre 2003 e 2008.
No mesmo período, os Estados Unidos fecharam cerca de 2,6 milhões de postos de trabalho: 1,1 milhão só em novembro e dezembro de 2008. A previsão do mercado é de menos 2 milhões de vagas para os norte-americanos em 2009.
Tradicionalmente, os dados do Caged evidenciam uma marcada sazonalidade negativa (entressafra agrícola, término do ciclo escolar, esgotamento da bolha de consumo no final do ano, fatores climáticos) no mês de dezembro, que permeia quase todos os subsetores de atividade econômica e estados.
Além dos fatores sazonais, o comportamento do emprego no mês de dezembro também é alimentado por fatores conjunturais que amenizam ou acentuam a sazonalidade negativa presente no mês. Em dezembro do ano passado, todos os subsetores e Unidades da Federação apresentaram declínios acentuados no nível de empregos.