A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, deve se reunir na próxima semana com o governador Roberto Requião, em Curitiba, dando continuidade aos entendimentos iniciados recentemente em busca de uma solução ao caso da Usina Termelétrica a Gás de Araucária. O encontro foi anunciado, nesta quinta-feira (11), pelo presidente da Copel, Paulo Pimentel, durante a abertura de um seminário que reuniu os 400 maiores consumidores de energia servidos pela estatal na Capital, Região Metropolitana e Litoral.
Segundo Pimentel, que se disse otimista quanto à perspectiva de um desfecho favorável para o problema, a ministra ficou impressionada com o relato que lhe fez o governador, garantindo que iria se empenhar para tentar resolver logo a questão. Os contratos para a compra de energia daquela central são causa de litígio judicial entre Copel e UEG Araucária, empresa proprietária da usina e controlada pela El Paso, conglomerado com sede nos Estados Unidos. A questão judicial se desenrola em duas frentes: na Justiça brasileira e numa corte de arbitragem em Paris. Até hoje, a usina não produziu um único quilowatt-hora por conta de problemas técnicos, operacionais e de segurança.
Investimentos – O presidente da Copel também anunciou aos grandes clientes da Companhia que será inaugurada, em janeiro, a primeira de seis novas subestações que vão entrar em operação para reforçar o atendimento na região de Curitiba. Os investimentos de aproximadamente R$ 25 milhões aumentarão a disponibilidade de energia para consumo e a confiabilidade do serviço, reduzindo o risco de panes ou quedas no fornecimento.
Para uma platéia formada sobretudo por grandes empresários dos setores industrial e comercial, Paulo Pimentel destacou os esforços da Copel no sentido de manter a política de tarifas diferenciadas determinadas pelo governador Roberto Requião, que ajudaram a colocar o Paraná na liderança nacional do crescimento econômico e da geração de empregos. “A Copel pratica a menor tarifa de eletricidade do país e garante ao Estado um instrumento estratégico e essencial na promoção do desenvolvimento”, afirmou Pimentel. “Retivemos o repasse aos preços de um saldo de reajuste da ordem de 14,43% fixados pela Aneel porque a atividade econômica do Paraná precisa crescer, e isso só é possível com energia barata”, encerrou.