Ministério dos Transportes apoia Trem Pé-Vermelho

Diretor do MT representa Governo Federal no “I Seminário Técnico do Trem Pé-Vermelho”, nesta sexta-feira, em Londrina
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05/11/2009 - 20:00
Editoria
Não existe óbice nem impedimento para a implantação do trem regional entre Londrina e Maringá, adiantou nesta quinta-feira (5) o diretor do Departamento de Relações Institucionais do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho. Ele representa o governo federal no 1.º Seminário Técnico do Trem Pé-Vermelho, coordenado pela Ferroeste, que se estende até sexta-feira (6) em Londrina. “Naturalmente, será preciso fazer alguns investimentos para que esse projeto se concretize”, ressalvou. Carneiro vai participar das discussões sobre “Marco Legal do Transporte de Passageiros e Cargas”, às 12h10, no auditório do Hotel Crystal Palace, em Londrina. O evento discute a reativação do trem de passageiros no eixo ferroviário Londrina-Maringá, entre Ibiporã, Norte, e Paiçandu, Noroeste. “Os trechos Londrina-Maringá e Caxias do Sul-Bento Gonçalves são os primeiros projetos que começamos a estudar”, diz o diretor do Ministério. Para acompanhar as discussões em torno da reativação dos trens de passageiros pelo Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros do governo federal, um grupo de prefeitos gaúchos das regiões de Caxias do Sul e Bento Gonçalves veio participar do seminário. Eles estão acompanhados por Marco Arildo Prates, presidente da Trensurb, empresa que opera os trens metropolitanos na região de Porto Alegre. O grupo paranaense, integrado por prefeituras e universidades, é coordenado pelo presidente da Ferroeste, Samuel Gomes. Ele gestiona a reativação do Trem Pé-Vermelho, e desenvolve parceria com a Trensurb para desenvolver o modelo de operação dos trens regionais nas duas regiões. Outro parceiro do projeto é o Laboratório de Transporte (Labtrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), gestora do projeto Caxias do Sul-Bento Gonçalves. Também participam da elaboração dos estudos preliminares universidades estaduais de Londrina (UEL) e Maringá (UEM) e de Caxias do Sul (UCS). De acordo com Carneiro Filho, pesquisa do Ministério dos Transportes incluiu quatorze trechos ferroviários entre o Rio Grande do Sul e o Maranhão para resgatar operações de transporte de passageiros. “Os trechos Londrina-Maringá e Caxias-Bento Gonçalves estão entre os mais viáveis. A implantação é plenamente possível, e o governo federal tem grande interesse na viabilização dos projetos.” “Os trens regionais significam o retorno do trem de passageiro no País”, lembra o representante do Ministério. “A ideia do governo federal é desconcentrar as cidades-pólo para que as pessoas possam morar no subúrbio ou no interior, com qualidade de vida, e com serviços de grandes centros, sem concentração e crescimento desordenado.” Também participa do seminário representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), ALL, Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), BNDES, coordenadorias das regiões metropolitanas de Londrina e Maringá (Comem e Comel), prefeituras, universidades, Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), Ipardes, Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), autoridades regionais e interessados no desenvolvimento ferroviário nacional.