A secretária Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, Raquel Rolnik, reuniu-se nesta quinta-feira (19) com o presidente da Cohapar, Rafael Greca, em Curitiba, para uma seqüência dos trabalhos que se iniciaram na terça-feira (17), em Brasília, quando foram discutidos orçamentos para projetos de desfavelamento no Paraná. “Eu vim aqui a convite do secretário Rafael Greca e com muito interesse pela ação que está sendo proposta pela Cohapar para a regularização dos assentamentos informais, tanto na Região Metropolitana de Curitiba como no interior do Estado”, disse Raquel Rolnik.
A secretária ressaltou o empenho do Governo do Estado para melhorar a vida das pessoas que vivem em áreas de ocupação irregular. “Eu já tive contato com a equipe e tenho percebido uma vontade muito grande do governo estadual de fazer uma intervenção na área. A gente sabe que isso é complexo, difícil, e percebi que a Cohapar realmente tomou para si este desafio e tem uma estratégia bastante consistente para atacar o problema”, disse.
Em Brasília, Greca apresentou os projetos habitacionais para áreas de aglomerados urbanos das regiões metropolitanas das grandes cidades, litoral e na fronteira do Paraná, onde vivem 30.743 famílias ou mais de 130 mil pessoas. A urbanização do Guarituba é considerada pelo Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal como modelo para projetos de desfavelamento e é o maior projeto de regularização em execução no País.
Na reunião desta quinta-feira (19) foi debatido o projeto Novo Guarituba, que vai atender a 12 mil famílias em áreas de mananciais que abastecem 70% da população da Grande Curitiba. O uso de aquecedores solares ecológicos nos empreendimentos da Cohapar também foi discutido. O secretário de Meio-Ambiente, Rasca Rodrigues, participou da reunião e mostrou o que o aquecedor é feito de embalagens pet usadas, embalagens longa vida e tubos de PVC.
O aquecedor custa R$ 100 e gera uma economia de 120 quilowats de energia elétrica por mês. O equipamento esquenta água suficiente para dois banheiros. Segundo Rodrigues, de cada 100 garrafas pet vendidas no Paraná, somente 15 são recicladas. Isso mostra que o projeto também tem uma função ecológica e social, porque vai trabalhar em parceria com os carrinheiros.