Mini-usina de Biodiesel deve começar a operar em 2010

O projeto vai abastecer pequenas propriedades rurais e será instalado em São Jorge d”Oeste
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16/06/2009 - 17:10
Editoria
A planta piloto de produção de biodiesel em pequena escala para abastecer pequenas propriedades rurais será instalada em São Jorge d’Oeste, na região Sudoeste do Paraná. Os entendimentos para o estabelecimento de um convênio com essa finalidade estão em fase final, permitindo depois disso que a Copel lance uma concorrência pública para aquisição dos equipamentos a serem instalados na usina. As informações foram prestadas nesta terça-feira (16) pelo diretor de engenharia da Copel, Luiz Antonio Rossafa, durante a reunião semanal da Escola de Governo em Curitiba. Na mesma oportunidade, o secretário municipal de administração de São Jorge, Luiz Corti, adiantou que já existem negociações para aquisição de uma área onde o empreendimento será instalado, a um custo por ele estimado em R$ 1,4 milhão.A expectativa é de que a usina piloto comece a funcionar em meados do próximo ano. Pequenos agricultores- O governador Roberto Requião, um dos maiores incentivadores do projeto, disse que a iniciativa é importante por contemplar a agricultura familiar, gerando oportunidades de aumento de renda para essa população. “A Petrobrás tem um grande programa visando produzir biodiesel no país, mas numa escala que não atende aos pequenos e médios produtores rurais”, disse o governador. “Embora seja uma iniciativa elogiável sob todos os aspectos, o programa da Petrobrás é diferente do nosso, que quer privilegiar a produção de biodiesel para o auto consumo das famílias de agricultores instaladas num raio de até 50 km da usina”. No entendimento de Requião, os custos do transporte e da distribuição do combustível são o principal obstáculo a ser superado pelo projeto da usina piloto, pois encarecem sobremaneira o processo. “Nosso projeto é de uma usina pequena, para produzir algo em torno de 5 mil litros de biodiesel por dia para abastecimento local e, paralelamente, para gerar outros produtos de valor comercial como farelo, ração, lecitina e glicerina, capazes de agregar renda às atividades das famílias envolvidas”. Da parte da Copel, seus técnicos aguardam a definição da área onde será instalada a micro usina e levantamentos topográficos para poder especificar as características técnicas dos equipamentos necessários e compor o seu edital de compra. O próximo passo, previsto para a próxima semana, será uma reunião entre todos os envolvidos no projeto com representantes do município de São Jorge d’Oeste e das cooperativas interessadas em participar. Essa reunião servirá para definir os termos de um convênio que formalizará a parceria e definirá as atribuições de cada participante. Além da Copel, estão envolvidos na experiência a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, Iapar, Tecpar, Emater, Universidade Federal do Paraná, UTFPR, Ipardes e Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

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