Mineropar emitiu 1,8 mil pareceres técnicos sobre ação de mineradoras

Os pareceres contêm análises de processos extrativos e de impactos ambientais provocados pelas mineradoras e sugerem medidas atenuantes e de controle ao IAP
Publicação
03/04/2008 - 16:20
Editoria
A Mineropar já elaborou 1,8 mil pareceres técnicos nos últimos seis anos (2002-2007), com diagnósticos das condições de operação de empreendimentos minerários do Paraná. A previsão é de que esse número chegue a 2 mil até o final de 2008. Os pareceres contêm análises de processos extrativos e de impactos ambientais provocados pelas mineradoras e sugerem medidas atenuantes e de controle ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), além de avaliar preliminarmente áreas indicadas para a implantação de novos empreendimentos. A Mineropar, por meio de um contrato de prestação de serviços com o IAP, faz as vistorias nos empreendimentos de mineração em todo o Paraná e elabora esses pareceres técnicos para dar suporte ao licenciamento ambiental, cuja responsabilidade é daquele órgão. A execução das sugestões emitidas pela Mineropar e os devidos encaminhamentos e providências necessárias a serem tomadas com relação aos empreendimentos de mineração ficam a critério do IAP. Segundo o geólogo da Mineropar, Luís Marcelo de Oliveira, de maneira geral, as condições de operação dos empreendimentos de mineração têm melhorado significativamente nos últimos anos. Ele afirma que os mineradores têm assimilado cada vez mais as questões ambientais, ocorrendo uma nítida mudança de postura frente à necessidade de preservar o meio ambiente e desenvolver a atividade mineraria de forma sustentável. Os principais problemas ambientais encontrados nas mineradoras do Paraná, de acordo com Oliveira, são os passivos ambientais resultantes da atividade descontrolada e predatória, muitas vezes ocorridas no passado. Na avaliação do geólogo, a recuperação ambiental dessas áreas atingidas é praticamente inviável, principalmente a restauração da paisagem. Para ele, a aplicação inadequada de metodologias de lavras e a falta de uma assessoria técnica apropriada, constituem fatores negativos que potencializam a degradação ambiental. “Felizmente, a legislação ambiental vigente e a atuação mais intensiva dos órgãos governamentais vêm coibindo cada vez mais o desenvolvimento da atividade predatória e favorecendo o disciplinamento da atividade em todo o Estado”, afirma o geólogo da Mineropar.