Mineropar abre Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais em Curitiba

O evento, realizado em parceria com os ministérios de Minas e Energia e da Ciência e Tecnologia, Sistema Fiep, Rede Paranaense de APLs e governo do Paraná, prossegue até esta sexta-feira (21), no Cietep.
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20/09/2007 - 10:25
Editoria
Foi aberto nesta quarta-feira (19) à noite, no Cietep, em Curitiba, o 4º Seminário Nacional de APLs (Arranjos Produtivos Locais) de Base Mineral, promovido pela Mineropar, em parceria com o Ministério de Minas e Energia, Ministério da Ciência e Tecnologia, Rede Paranaense de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais, Sistema Fiep e governo do Paraná. Durante a abertura, o coordenador do Conselho Setorial da Indústria Mineral da Fiep e presidente do Sindicato das Indústrias de Calcário do Paraná, Cláudio Grochowicz, representante do presidente da Federação, Rodrigo da Rocha Loures, disse que, desde 2004, a entidade apóia e desenvolve Arranjos Produtivos Locais no Paraná, contando hoje com 22 APLs. Desses arranjos, são de base mineral os APLs de louça e porcelana, em Campo Largo, e cal e calcário na Região Metropolitana de Curitiba e nos Campos Gerais. Ele apresentou resultados práticos de sucesso de APLs, compostos por cinco sindicatos da indústria de calcário, como a criação de uma central de vendas que reduziu os custos da comercialização e ampliou a oferta de produtos. Grochowicz destacou ainda a ação da Mineropar no apoio à mineração no Estado. O diretor presidente da Mineropar, Eduardo Salamuni, ressaltou que os APLs são uma forma “inteligente” e “eficaz” de um setor que era competitivo entre si. Segundo Salamuni, os APLs levam à prática de boa gestão, incrementam a tecnologia e o relacionamento interempresarial entre as micro, pequenas e médias empresas, além de promover o desenvolvimento sustentável. Ele explicou que a produção mineral do Paraná hoje é voltada para a agricultura e, principalmente, à construção civil. O secretário adjunto de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM), do Ministério de Minas e Energia, Carlos Nogueira Junior, representante do ministro Nelson Hubner, destacou que o ministério quer aplicar recursos em projetos que tenham resultado, continuidade e contribuam para o desenvolvimento regional. De acordo com Nogueira, o segmento de base mineral é importante para a economia e para a fixação das pessoas onde vivem, evitando o êxodo nas cidades. Em sua palestra, logo após a abertura do seminário, ele mostrou como o governo federal vem tratando o setor mineral no Brasil e destacou a importância da mineração para a economia do país. Segundo dados apresentados pelo secretário, hoje a mineração representa 37,5% da balança comercial do Brasil e 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Além da Agricultura e do Turismo, a Mineração foi priorizada pelo governo federal por causa de seus efeitos geradores de divisas indispensáveis à redução da vulnerabilidade externa e à sustentação do crescimento. O ano de 2007 tem sido especial, na avaliação de Nogueira, devido à elevação do preço das commodities, proporcionando alta rentabilidade ao setor; à escassez de matéria-prima mineral no mercado por exaustão das jazidas ou limitação das unidades produtivas em ofertar e atender as demandas; ao fator China, que anunciou reserva estratégica de minerais com o objetivo de não sofrer estrangulamento de suprimento futuro como o urânio, o cobre, o alumínio, o manganês e o tungstênio. Outros setores da mineração também vêm se despontando no mercado, segundo o secretário, como o de rochas ornamentais, além de outros. Uma das consequências desse bom momento do setor, apontada pelo secretário do MME, é a absorção de pessoal técnico. “Faltam profissionais no mercado”, disse Nogueira. Seminário - O Seminário Nacional de APLs de Base Mineral prossegue até sexta-feira (21). Nesta quinta-feira (20), o geólogo e coordenador do Pro-Calcário, da Mineropar, Oscar Salazar Junior, apresenta “Um Estudo de Caso – Pro-Calcário na Região Metropolitana de Curitiba”; e o geólogo e coordenador do Pro-Cerâmica, da Mineropar, Luciano Cordeiro de Loyola, fala sobre “Um Estudo de Caso: Pro-Cerâmica no Oeste do Paraná”. O evento encerra na sexta-feira pela manhã, com as palestras “Sustentabilidade Ambiental da Pequena Mineração” e “Desenvolvimento e Inovação Tecnológica”, além de debates.

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