Mercado do GNV cresce quase 20% no Paraná

Números divulgados pela Compagas demonstram um mercado em franca expansão, especialmente em função do maior rendimento do combustível em comparação ao álcool e à gasolina
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23/12/2005 - 10:43
Editoria
O mercado do gás natural veicular (GNV) cresceu 19% em 2005 em relação a 2004, segundo dados divulgados pela Companhia Paranaense de Gás (Compagas), empresa responsável pela distribuição do combustível no Paraná. As vendas para esse segmento passaram de 57,8 mil m³/dia em novembro do ano passado para 69,04 mil m³/dia em novembro de 2005. O mercado do GNV é responsável por 9% das vendas totais de Compagas, que estão em 714 mil m³/dia, em média. “O mercado de GNV se encontra em franca expansão no Paraná. Além de ser uma opção mais econômica para o consumidor, o gás natural veicular apresenta um rendimento maior que o álcool e a gasolina”, diz o diretor presidente da Compagas, Luiz Carlos Meinert. “Além disso, o GNV foi o único combustível que ficou com o preço estável no Paraná desde maio de 2003, só apresentando um pequeno aumento agora em setembro”. Após dois aumentos da Petrobras, a Compagas repassou, em setembro, para as distribuidoras que vendem GNV nos postos, um reajuste de R$ 0,0648 por m³, mantendo as vantagens do uso do combustível, ressalta Meinert. O GNV chega a ser 60% mais econômico que a gasolina e 50% mais econômico que o álcool. A questão do preço e do rendimento é o principal diferencial para as pessoas que convertem seus carros para GNV, em especial os profissionais que utilizam o automóvel para trabalhar ou percorrer longas distâncias. “A maior vantagem é a financeira, pois antigamente meu automóvel era a álcool e hoje com GNV meu custo caiu pela metade”, diz o taxista Amauri Gonçalves Vieira, que converteu o carro há um ano. “Estou usando o GNV pela diferença de preço com relação à gasolina”, conta Erick Hiederick, taxista há 15 anos e que há três utiliza o gás natural. “Agora quero transformar o meu carro particular em bicombustível, para rodar também com GNV”. Uma outra vantagem para os motoristas do Paraná que fazem a conversão do carro a álcool ou gasolina para GNV é a redução no valor do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). No Paraná, os veículos movidos a GNV pagam apenas 1% em vez de 2,5% de alíquota de IPVA. A medida é válida desde o final de 2003, quando o governador Roberto Requião sancionou a lei reduzindo a alíquota para os carros movidos a gás natural. Com isso, o Paraná se tornou o segundo estado do Brasil – atrás apenas do Rio de Janeiro – a adotar a medida como incentivo ao consumo do combustível. A redução do IPVA, o maior rendimento e a economia são alguns dos atributos do GNV que estão sendo mostrados em uma campanha publicitária que tem o apoio da Compagas e está sendo veiculada em rádios e outdoors desde a semana passada. Conversão - Com a instalação do kit de conversão para GNV – que custa entre R$ 2,8 mil e R$ 4 mil – os carros ficam bicombustíveis, podendo funcionar também com álcool ou com gasolina. Entre as vantagens do uso do GNV estão também o menor desgaste das peças, em função da queima limpa. O combustível ajuda na preservação do meio ambiente porque não libera monóxido de carbono. Hoje há 19 postos oferecendo o combustível em Curitiba e cerca de 17 mil carros convertidos para GNV na Capital e região metropolitana, segundo dados do Sindicato das Oficinas Reparadoras de Veículos do Paraná (Sindirepa-PR). Para o ano que vem, está prevista a ligação de postos em outras cidades, aumentando a oferta do combustível no Paraná.