Mercado cativo da Copel cresceu 2,5% no semestre


Na mão inversa da média do país, consumo de energia no Paraná aumentou
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24/07/2009 - 17:40
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O mercado cativo da Copel, formado por 3,5 milhões de ligações elétricas atendidas diretamente em 392 dos 399 municípios paranaenses além de Porto União, em Santa Catarina, registrou crescimento de 2,5% no consumo de energia ao final do primeiro semestre de 2009, comparativamente à primeira metade do ano passado. Essa variação positiva demonstra que o Paraná vem sofrendo menos que a maior parte dos estados brasileiros com os efeitos da crise financeira internacional, já que no mesmo período o consumo de eletricidade no Brasil caiu 2,7%, conforme dados divulgados pela EPE – Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. CRESCIMENTO - Segundo a Copel, as classes de consumo que contribuíram de maneira mais expressiva para a expansão de 2,5% no seu mercado cativo – que tem a vantagem de dispor da menor tarifa de energia elétrica do Brasil – foram a comercial, com acréscimo de 6,9% e a rural, com 6,4%. Enquanto isso, o consumo residencial aumentou em 5,1%. “Em boa parte, podemos atribuir esse crescimento à política de redução do IPI e da taxa básica de juros no país”, interpreta Antônio Justino Spinello, superintendente de Mercado e Regulação da Copel. “Com preços e juros mais baixos, o crédito para o consumidor ficou mais acessível, fato que justifica o crescimento do consumo no comércio e nas residências”. Já no segmento rural, a expansão do consumo pode ser explicada pelos mecanismos de incentivo adotadas pelo governador Roberto Requião para estimular os pequenos e médios produtores, como as tarifas elétricas reduzidas durante a noite para consumo destinado à irrigação de lavouras e à avicultura, além de programas como o Trator Solidário e o Fundo de Aval. Entre as 65 mil indústrias que integram o mercado cativo da Copel, houve retração de 4% no consumo acumulado de eletricidade ao final do primeiro semestre. Conforme a concessionária, tal desempenho pode ser atribuído à redução nos níveis de produção dos segmentos voltados ao mercado externo. No Brasil, entretanto, os levantamentos feitos pela EPE registraram queda média de 11,4% no consumo industrial. A retração foi maior nos estados da Região Sudeste, onde o consumo industrial acumulado entre janeiro e junho deste ano atingiu níveis comparáveis aos verificados em 2004.

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