O prefeito de Ponta Grossa, Pedro Wosgrau Filho, e o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanismo de Londrina (CMTU), Francisco Moreno, - a exemplo dos prefeitos de Foz do Iguaçu e Maringá - também estão destacando a decisão do governador do Paraná em promover a compra de óleo diesel e transferir às prefeituras o combustível sem a incidência de ICMS para o transporte coletivo. A medida, para impedir novos reajustes, já está valendo para a Região Metropolitana de Curitiba e pode ser estendida para outras cidades com transporte público.
O combustível representa 20% na planilha de custo das empresas e a medida do Governo do Estado pode até promover a redução do preço da tarifa, como no caso de Ponta Grossa onde custa R$ 2,00. “O impacto desta medida do governador representaria uma redução de R$ 0,10 no preço atual da tarifa”, revelou o prefeito Pedro Wosgrau, que considerou a atitude do governador “simplesmente fantástica”.
“Já pedi à empresa que explora o serviço de transporte coletivo em nossa cidade para que verifique como podemos ser beneficiados por este programa de governo, que veio num momento bastante importante, porque os preços das tarifas de ônibus estão impraticáveis. Atingiram o limite máximo e são responsáveis pela exclusão de milhares de trabalhadores do sistema”, argumentou.
Wosgrau revela que em Ponta Grossa o índice que mede a quantidade de passageiros por quilômetro rodado vem caindo gradativamente. “Há cinco anos, tínhamos a média de cinco passageiros por quilometro rodado. Hoje, este índice é de apenas 1,62. Portanto, algo precisa ser feito para reverter essa tendência, caso contrário em pouco tempo nossos ônibus vão circular vazios. Daí, a importância da medida do governador”. Ponta Grossa conta com uma empresa de transporte coletivo, com 180 veículos e que levam mensalmente 2 milhões de passageiros.
Em Londrina, a medida também recebeu elogios. “Isso é vantajoso não só para as empresas de transporte coletivo, mas para todo o município, porque vai representar tarifa menor para todos os usuários”, destacou Francisco Moreno. O município conta com duas empresas de ônibus, que diariamente colocam em circulação cerca de 320 veículos. O sistema movimenta diariamente 200 mil pessoas. A tarifa custa R$ 2,00 e foi reajustada pela última vez em janeiro deste ano.
“A cada doze meses, a tarifa é revista. Portanto, no momento, não existe nenhuma proposta de reajuste”, informou o presidente da CMTU, que até admite a hipótese de uma redução de preços caso o município venha a participar do programa de compra de óleo diesel sem ICMS. “Não dá para fazer qualquer previsão agora, pois depende de análise da planilha de custos. Mas acho possível aplicar essa redução na tarifa”.
Francisco Moreno acha que o mais importante é que a atitude do governador só tem a beneficiar os paranaenses, porque “provocará um impacto positivo nas tarifas praticadas em todo Estado”, concluiu.
Medida para conter reajustes na tarifa de ônibus tem mais adesões
Benefício implantado pelo governador do Paraná na RMC já despertou interesse das prefeituras de Foz do Iguaçu e Maringá e, agora, das de Londrina e Ponta Grossa
Publicação
28/07/2006 - 17:10
28/07/2006 - 17:10
Editoria