Maringá e Londrina fazem primeiras captações de órgãos por novo sistema

As Organizações de Procura de Órgãos (OPO) auxiliam na identificação de possíveis doadores de órgãos e tecidos e na manutenção dos doadores até que o órgão seja retirado
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29/12/2010 - 15:50
Editoria
A Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Maringá intermediou na noite de terça-feira (29) a primeira captação de órgãos. A doadora de 31 anos estava sendo monitorada há 11 dias quando foi hospitalizada na UTI com aneurisma cerebral.
Após ser confirmada a morte encefálica, os familiares autorizaram a doação dos órgãos. Foram retirados os rins e enviados para a Santa Casa, em Curitiba. O fígado também foi retirado, mas acabou sendo descartado por estar impróprio para o transplante.
Hoje, acredita-se que apenas um em quatro possíveis doações se converte em transplante de órgãos no Estado. Com a implantação das OPOs espera-se que esse número aumente. “Para isso, contamos também com a solidariedade de todos para que vejam na doação de órgãos uma maneira de manterem seus entes queridos vivos de alguma forma”, afirma o secretario da Estado da Saúde, Carlos Moreira Junior.
A coordenadora da OPO de Maringá, Cristina Yuri França, relatou que assim que a morte cerebral foi confirmada, imediatamente os familiares foram abordados e posteriormente, após concordância dos familiares, a Central de Transplantes foi notificada.
LONDRINA – A OPO de Londrina realizou nesta quarta-feira (29) a primeira captação de órgãos para transplante. O doador de 23 anos estava internado na UTI em Cornélio Procópio desde o último domingo (26) com traumatismo craniano. Foi autorizada pelos familiares a doação dos múltiplos órgãos. O Fígado irá para Porto Alegre, o coração encaminhado para Londrina e os rins aguardarão a realização de exames de compatibilidade para ser definido para onde irão.
OPOs - No dia 13 deste mês, dia do aniversário de 15 anos da Central de Transplantes, o Governo implantou seis Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). Elas estão sendo instaladas em Curitiba – no Hospital do Trabalhador, na Região Metropolitana – no Hospital Angelina Caron, que fica em Campina Grande do Sul, no Hospital Regional de Ponta Grossa e nas Regionais de Saúde de Maringá, Cascavel e Londrina.
Desde a inauguração das organizações, há 15 dias atrás, quatro retirada de múltiplos órgãos foram realizadas pelas unidades. A primeira foi o Hospital do Trabalhador, em Curitiba, seguida pela de Cascavel. Agora Maringá e Londrina também realizaram seus primeiros procedimentos.
Desde que a Central de Transplantes foi criada, em 1995, já foram realizados mais de 22 mil transplantes de órgãos e tecidos. Somente em 2010, foram realizados mais de mil transplantes. Atualmente cerca de três mil pessoas esperam na fila por um órgão.